quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Resumo SPFW | Quinta-feira





Animale : Na mesma vibe do seu último desfile de verão, o inverno 2012 da Animale é equilibrado: maduro e sensual, dubiamente. Inspirada na aristocracia russa, a coleção foi essencialmente rica como a referência, vide os tecidos glamorosos como o veludo e os bordados localizados. Além das peles, tão características da indumentária dos Czares, outra forte aposta da marca foram os tecidos nobres que revelavam supertransparências. Pele à mostra e os tais brilhos garantiram a feminilidade da coleção, desenvolvida, basicamente, em silhuetas retas à La Anos 20 - comprimento midi e fluidez andaram lado a lado, aplicados exatamente a essa estética tubular. Tricôs bem trabalhados, cartela chique e marcante (bordot, vermelho, petro, champagne, dourados e alaranjados) e a atitude elegante, poderosa e contemporânea, marcaram o inverno 2012 da Animale.







Tufi Duek : Viagem à Lua e além! A coleção, assinada por Eduardo Pombal, viajou por duas vertentes opostas e que tanto conversaram anos atrás: o futurismo e a década de 60. Nada de looks metalizados  em linha A (tão comuns naquela época ), na verdade, o metal estava aplicado a vestidos  e sais lápis supercolados ao corpo, em forma de foguete. Para abrilhantar a constelação arrebatadora, bordados reluzentes e localizados. Branco, preto, dourado, ocre e prateado deram o tom do inverno da marca, muitas vezes desenvolvido em texturas craqueladas e rochosas. Além de toda a feminilidade da silhueta, fendas e babados localizados - na cintura e barra das saias – agregaram classe e elegância natural aos looks. Resumindo: shape retrô quarentinha em tecidos com efeito tecnológico e sofisticado.






Cori : uma cavalaria chiquérrima e superfeminina travessou a passarela do SPFW para desfilar o inverno 2012 da Cori. Envolvida no espírito hípico, a marca acertou a mão, mais uma vez, nessa coleção. Bem acabadas, clássicas, mas com várias referências atuais, as peças brincaram entre texturas mil e acessórios inteligentes - como a ombreira de couro e os cintos-cela. Fendas, transparências e maxidecotes deram um ‘quê’ sensual à amazona contemporânea. Além do mais, a oposição dos tecidos leves e pesados e suas variantes proporções, garantiram equilíbrio e porte eqüino! Cartela do campo: verde musgo, marrons, black, canela, folha seca,laranja e azulados, SEMPRE com texturas brilhosas,reluzentes e sofisticadas. Alfaiataria, limpeza de linhas e algumas poucas e boas sobreposições. Chique que dói!







Osklen : guerrilheiras verdes ergueram a bandeira em prol da sustentabilidade – esse é o espírito da coleção de inverno 2012 da Osklen. O estilista Oskar Metsavaht, desde sempre engajado nessa causa, foi o responsável por traduzir as questões socioambientais em roupas. Para começar, tecidos orgânicos e ecológicos, logo depois, a estampa camuflada com motivos super geometrizados: atual e idealista! Outra estampa interessante apareceu, essa adaptava as folhagens amazônicas ao clássico flower power setentista . O shape bem construído e minimalista, tão característico da marca, foi revigorado por cores incisivas e vibrantes: azul Klein, laranja, vermelho e  verde musgo. O também clássico mescla e preto da Osklen apareceram, sim. Sobreposição, transparência localizada e o comprimento míni ajudaram a contar essa história necessária: a natureza está em migalhas e os estilistas devem, mais do que nunca, pensar e/ou fornecer novas propostas para o vestir. Necessidade global e atual !






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