Animale : Na mesma vibe do seu último desfile de verão, o
inverno 2012 da Animale é equilibrado: maduro e sensual, dubiamente. Inspirada
na aristocracia russa, a coleção foi essencialmente rica como a referência, vide
os tecidos glamorosos como o veludo e os bordados localizados. Além das peles,
tão características da indumentária dos Czares, outra forte aposta da marca foram
os tecidos nobres que revelavam supertransparências. Pele à mostra e os tais brilhos
garantiram a feminilidade da coleção, desenvolvida, basicamente, em silhuetas
retas à La Anos 20 - comprimento midi e fluidez andaram lado a lado, aplicados
exatamente a essa estética tubular. Tricôs bem trabalhados, cartela chique e
marcante (bordot, vermelho, petro, champagne, dourados e alaranjados) e a
atitude elegante, poderosa e contemporânea, marcaram o inverno 2012 da Animale.
Tufi Duek : Viagem à Lua e além! A coleção, assinada por
Eduardo Pombal, viajou por duas vertentes opostas e que tanto conversaram anos
atrás: o futurismo e a década de 60. Nada de looks metalizados em linha A (tão comuns naquela época ), na
verdade, o metal estava aplicado a vestidos e sais lápis supercolados ao corpo, em forma
de foguete. Para abrilhantar a constelação arrebatadora, bordados reluzentes e
localizados. Branco, preto, dourado, ocre e prateado deram o tom do inverno da
marca, muitas vezes desenvolvido em texturas craqueladas e rochosas. Além de
toda a feminilidade da silhueta, fendas e babados localizados - na cintura e
barra das saias – agregaram classe e elegância natural aos looks. Resumindo:
shape retrô quarentinha em tecidos com efeito tecnológico e sofisticado.
Cori : uma cavalaria chiquérrima e superfeminina travessou a
passarela do SPFW para desfilar o inverno 2012 da Cori. Envolvida no espírito
hípico, a marca acertou a mão, mais uma vez, nessa coleção. Bem acabadas,
clássicas, mas com várias referências atuais, as peças brincaram entre texturas
mil e acessórios inteligentes - como a ombreira de couro e os cintos-cela.
Fendas, transparências e maxidecotes deram um ‘quê’ sensual à amazona
contemporânea. Além do mais, a oposição dos tecidos leves e pesados e suas
variantes proporções, garantiram equilíbrio e porte eqüino! Cartela do campo:
verde musgo, marrons, black, canela, folha seca,laranja e azulados, SEMPRE com
texturas brilhosas,reluzentes e sofisticadas. Alfaiataria, limpeza de linhas e algumas
poucas e boas sobreposições. Chique que dói!
Osklen : guerrilheiras verdes ergueram a bandeira em prol da
sustentabilidade – esse é o espírito da coleção de inverno 2012 da Osklen. O
estilista Oskar Metsavaht, desde sempre engajado nessa causa, foi o responsável
por traduzir as questões socioambientais em roupas. Para começar, tecidos
orgânicos e ecológicos, logo depois, a estampa camuflada com motivos super
geometrizados: atual e idealista! Outra estampa interessante apareceu, essa
adaptava as folhagens amazônicas ao clássico flower power setentista . O shape
bem construído e minimalista, tão característico da marca, foi revigorado por
cores incisivas e vibrantes: azul Klein, laranja, vermelho e verde musgo. O também clássico mescla e preto
da Osklen apareceram, sim. Sobreposição, transparência localizada e o comprimento
míni ajudaram a contar essa história necessária: a natureza está em migalhas e
os estilistas devem, mais do que nunca, pensar e/ou fornecer novas propostas
para o vestir. Necessidade global e atual !
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