Por trás de uma grande tendência sempre há um embasamento
forte também, principalmente em movimentos e/ou referências artísticas. E aqui
mergulho eu, mais uma vez, a fim de desvendar essas associações. Na verdade,
hoje eu mergulho em um mar profundo e de tom azul profundo também. O tal azul
Klein virou hit e conseqüentemente desejo imediato entre as fashionistas. O que
poucos sabem, é que o tal tom azulado recebeu esse nome em associação ao pintor
Yves Klein, que até o patenteou com o nome International Klein Blue. O pintor
nasceu em Nice e depois de rodar o mundo se estabeleceu de vez em Paris (e não
seria?). Foi lá, junto ao amigo e também pintor Arman Fernandez , que ajudou a
fundar o movimento artístico Novo Realismo por volta da década de 60, e se afirmou como
precursor da arte contemporânea. As obras de Yves Klein são providas de certas
peculiaridades: adepto das pinturas performances (aquelas com intervenções do
pintor com o meio), ele ficou conhecido mesmo pelas telas monocromáticas, quase
que exclusivamente produzidas nesse tom de azul profundo.
Já o denominaram azul bic (aquele mesmo da caneta!), mas na essência o azul Klein é um pouco mais claro e frio, e desde o último inverno ele já rondava as cartelas de cores das grandes marcas. Mas a verdade é que depois do color blocking via Prada e até mesmo da aposta em looks minimalistas e monocromáticos, ele chegou para ficar - de maneiras opostas, mas igualmente interessantes!Muitos designers que desfilaram no NY Fashion Week o utilizaram, e não demorou muito para ele cair nas graças dos estilistas brasileiros, exemplo do Fashion Rio. O que importa é que como qualquer tom intenso, alguns cuidados precisam ser levados em consideração ao utilizá-lo. Mas nesse caso, o bom senso já basta, já que o azul Klein transmite elegância, contemporaneidade e fica bem com todos os tons de pele. Além disso, gosto dele de todas as maneiras: seja pontuado em acessórios, mixados a tons neutros, em looks monocromáticos ou até incorporado em colors blockings. Ele é universal e democrático, como a essência do artista.
Aí vão alguns exemplos de streetstyle, aqui e lá. Para se
inspirar!
E não é que essas 'tais' artes se comunicam mesmo (sem querer?). O difícil é saber quem inspira quem. Aí vai uma aplicação do Azul Klein agora no desing de interiores. Ops, e color block também !
Beijos, Carol Gama.
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