terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Guia de Compras : Liqui de Verão !




Sabe qual é a melhor parte dessa onda de antecipação de coleções? Podermos aproveitar as liquidações em pleno auge da estação! É ou não é? Pensando em você e nas compras inteligentes, preparamos um Guia de Compras especial com os melhores descontos que estão rolando por aí.





Na SCHUTZ, por exemplo, os scarpins de bico fino e meia pata estão com preços maravilhosos. Aproveite as cores vibrantes para compor o seu look color blocking e para antecipar a tendência invernal dos detalhes em tom fluo. O amarelo é tendência nas suas estações! Ainda pensando no futuro, duas boas apostas: o tom de laranja da bata da ESPAÇO FASHION e o azul-sensação-klein da bolsa de couro da AREZZO. Ambas são, sem dúvidas, as cores que vão migrar do calor diretamente para o friozinho. Se você quer aproveitar as peças clássicas e que nunca saem de moda, a FARM está com 50% de desconto em toda a sua linha de jeans. O macacão que escolhemos é atual e super confortável.  Boas e irresistíveis peças para usar já são os biquínis da CIA. MARÍTIMA e a chemisie da SALINAS. Look praia-chic com descontinho esperto! O shortinho jeans color da SHOP 126 está aí para qualquer programa carnavalesco. E se o clima é de baile de carnaval, na AGILITÁ, os vestidos de festa do alto verão estão com 50% de desconto!



P.S: vale lembrar que a maioria dessas marcas conta com um e-commerce caprichado, ou seja, você nem precisa sair de casa para aproveitar a liquidação ! Boas compras !





segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Não pode ?





Quem disse que não pode? Duas marcas exploraram, digamos, inspirações incomuns para os desfiles de alta-costura dessa temporada de verão. Um não é surpresa, já que Jean Paul Gaultier é conhecido mesmo pela sua irreverência e vanguardismo. Bom, ele regatou a estética da diva adormecida Amy Winehouse e traduziu a sua autêntica referência retrô em peças com mood cinquentinha.  Eu disse mood! Make e cabelo, saia lápis, busto desenhado e decotado, cintura marcada e até um toque urbano atual com as peças esportivas. Enfim, era tudo muito usável e real para haute culture! Mas aparece que o pai de Amy, Mitchell Winehouse,não gostou nada nada de ver a imagem ‘caricata’ de sua filha na passarela - segundo ele ‘Gautier está usando de uma tragédia familiar para ganhar dinheiro’. Acho que Sr. Mitchel precisa de umas aulas de cultura de moda! Eu compreendo o tamanho da dor dele (e minha também!), mas a moda sempre foi responsável por homenagear, interpretar e editar personagens icônicos da nossa cultura, principalmente, musical. Amy foi mais do que uma simples mortal, ela foi ícone de moda, e ele deveria se sentir lisonjeado, não extorquido. Enfim, o que vale dizer é que Gaultier não copiou o estilo Amy de ser, ele apenas o respirou. Até porque, não imagino Amy de alfaiataria repaginada, saia longa e tecidos tão nobres assim. Ah, sim, porque apesar de incomum, o tema ganhou formato e repaginação digna de alta costura.



A Givenchy, apensar de mais classuda, optou por uma externa também incomum para o seu desfile: uma quadra de basquete. A oposição entre coleção e ambiente foi, além de super divertida, inovadora. Principalmente porque o estilista Riccardo Tisci preferiu olhar para os clássicos da grife nessa estação, ou seja, para aquelas peças que revelam a autêntica identidade Givenchy e que já são até familiares.  A textura croco, é claro, estava lá!



Amy e basquete na alta costura revelam que, definitivamente, a vida mundana e contemporânea é capaz de inspirar roupas para princesas. Que bebam da mesma fonte!



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Haute Couture | Spring Summer 2012 | Paris


























Última parada do spring summer 2012! Depois de Paris, Milão, NY e Londres já terem desfilado as suas coleções pret-à-porter e suas apostas para próximo verão (até já analisamos a candy campagn da Louis Vuitton e Mulberry!), chegou a vez dos desfiles mais deslumbrantes, lúdicos e áureos atravessarem a passarela: a alta-costura parisiense. Em meio a tanto ‘fast’ na moda atual, ainda restam algumas poucas, boas e ilustres casas que fazem roupas sob medida em seus icônicos ateliês. O glamour ao redor desse restrito grupo (são alguns deles, Valentino, Jean Paul Gaultier, Giorgio Armani Privé, Givenchy, Chanel, Christian Dior, Elie Saab, Maison Martin Margiela, Giambattista Valli o brasileiro Gustavo Lins e o Atelier Versace, recém-integrada) não é à toa, já que eles são os verdadeiros responsáveis por manter a chama da exclusividade, requinte, primor e porque não, da moda, acessa. O acabamento minucioso, os tecidos e beneficiamentos nobríssimos e os estupendos vestidos de baile, vão, sem dúvida, cobrir tapetes vermelhos mundo a fora daqui para frente. É só para quem pode mesmo! Mas nem por isso a gente deve deixar de venerar essas belezas e analisar essas obras de arte em forma de roupa. Vamos?





















Para começar, duas fortes tendências já anunciadas: bordados, brilhos, texturizados e transparência. Para circular livremente entre essas qualidades, uma interpretação mais doce e delicada e outra mais dark e poderosa. Ainda sim, ambas traduzem com perfeição a riqueza, o luxo e a maneira exuberante de se fazer alta-costura. Não só ela, pois essas tendêncinhas vêm vingando desde o inverno, né? Acabamos de super pontuá-las nos desfiles de inverno do Fashion Rio e SPFW. Pois bem, mais confirmação: elas continuam cada vez mais explendorosas!


Fiquem de olho! Em breve, mais ligações esclarecedoras.
Beijos, Carol Gama.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Campanha candy | Spring Summer 2012



























Pulinho rápido e necessário do SPFW de inverno direto para as campanhas internacionais do próximo verão! Nós analisamos os desfiles SPRING SUMMER 2012 aqui no blog e pontuamos algumas fortes diretrizes para a próxima estação, lembram? Mas além da passarela, outra boa fonte de pesquisa são, sem dúvida, as campanhas lançadas por essas grandes grifes. Na verdade, são essas fotos super produzidas que traduzem o mood (além das peças) que cada marca pretende multiplicar por aí, não à toa, essas estão em praticamente todas as revistas de moda do mundo, a fim de massificar uma idéia e despertar o desejo do consumidor. Dentre tantas variações, uma bem concisa e tentadora pontuou duas importantes campanhas de verão, Louis Vuitton e Mulberry, consecutivamente nas fotos. A cartela candy - recheada de tons que nos remetem a gostosuras comestíveis - já havia sido desfilada e não era mais tendência-novidade. Mas melhor do que apenas remeter, é tornar esse sonho real e trazer todo esse encantamento para a nossa casa (seja através de uma revista, catálogo ou online). Milkshake, sorvete, pirulito e algodão doce foram algumas das delícias que invadiram o universo e campanha das suas marcas, cada uma com a sua interpretação, obviamente. Na Luis Vuitton, as roupas vestem autênticas bonequinhas retrôs, já na Mulberry, essa mulher é contemporaneamente delicada e elegante. O mais interessante é perceber como esse conceito transgride as roupas e vai além do produto em si, basta reparar na locação e nos elementos cênicos que englobam as mega produções. Aliás, o produto é, exatamente, o todo! Na Vuitton, lanchonete cinquentinha americana, poltronas rosa bebê e elementos clean. Na Mulberry, uma boa dose de irreverência e surrealismo. E não é que o calor escaldante do balneário chique derreteu até o cenário máxi da marca? Apostas e interpretações de lado, o que fica na nossa cabeça (e porque não, na boca e no coração?) é a delicadeza, doçura, feminilidade e cuidado que essas marcas tiveram ao desenvolver essas imagens-delícia para nós. Ah sim, porque isso tudo é para nós nos lambuzarmos! 



























terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Resumo SPFW | Terça-feira





Neon: nada de túnicas esvoaçantes e maxi caftas na coleção da Neon, muito pelo ao contrário. Nesse inverno, a marca apostou em peças estruturadas e com shape ajustadinho ao corpo.  As famosas estampas estavam lá, mas também não foram o foco principal de Dudu Bertholini e Rita Comparato, já que elas apareceram apenas para arrematar e entusiasmar algumas produções animadas por si só. Looks monocromáticos de cores vibrantes e outros compostos por essas mesmas cores misturadas entre si revelaram um inverno calliente e extravagante. Na contramão dos tons monótonos e do brilho texturizado, a marca trouxe peças clássicas (como a alfaiataria e os vestidos midi colados) e outras mais ousadas (como as sais em pétalas estruturadas – puro conceito). Se depender da Neon, o tomara-que-caia continua sendo o decote preferido das brasileiras, e o chapelão confirma o clima veraneio em pleno inverno!







Fernanda Yamamoto: inspirada no Renascentismo, a promissora estilista apresentou um inverno rico como o tema. Super estampada, a coleção trabalhou de maneira chique e original a mistura entre esses motivos geométricos e repetitivos. Além da estamparia, outro forte ponto da coleção foram os bordados localizados: no colo, nas mangas e em recortes específicos, esses pontos de luz foram fundamentais para sofisticar ainda mais as peças de toque clássico. A alfaiataria, a camisaria, a feminilidade da saia-lápis e dos vestidos justos ao corpo foram muito explorados, além de outras peças levemente armadas, contemporâneas e até com toque esportivo. A cartela passeou pelos tons terrosos de marrom, ocre ecamelo, preto, vermelho, verde-musgo e rosê – tudo bem contido, elegante e diluído nessas estampas marcantes. O ombro também ganhou atenção especial da estilista, que além de bordá-los, investiu em volumes e shape arredondado.







Alexandre Herchcovitch: alfaiataria e muitos toques esportivos reinaram na coleção masculina de Herchcovitch, ambos, aliás, migraram entre si o tempo todo. Tecidos tecnológicos e clássicos se alternaram em uma silhueta sport chique, seja pelos casacos de neve volumosos, pelos quimonos arrematados por faixas ou bermudas-calças listradas. Nada caricata, mas facilmente detectadas, essas referências do sportswear foram adaptada a uma estética contemporânea. Nada com isso, o tema era o judaísmo, aí entraram as franjas e luvas de couro típicas da indumentária religiosa. Branco, preto, marinho e outros tons azulados coloriram elegantemente o inverno do estilista, que usou bastante o efeito acolchoado em alguns casacos e abotoamento duplo ou transpassado em outros. Calças mais curtas e folgadas ( até com elástico na barra) ou sequinhas, todas foram desfiladas com barras despojadamente dobradas. 







Amapô: a marca propôs uma brincadeira interessante em um jogo de ‘mostra’ e ‘esconde’. Peças super fechadas, como os macacões de malha, e outras repletas de recortes que revelavam a pele, foram transformadas pelas estilistas Carolina Gold e Pitty Taliani e expostas como esboços. Na verdade, a idéia era explorar as bases, as linhas e as principais estruturas que compõe uma peça de roupa, para isso, desestruturar a modelagem foi fundamental. Esse conceito se transformou em uma coleção também conceitual, mas com boas peças usáveis, como os vestidos que comportados, com gola alta e manga comprida. As mais experimentais foram, sem dúvida, as camisarias, que pularam do estilo clássico direto para o estilo arquitetônico. Enquanto se podia presenciar looks bem construídos, também se podia ver, logo depois, o seu raio-x. Estampas maluquetes, aplicações, transparência e efeito metalizado  ajudaram a nortear esse universo da experimentação, aonde tudo é possível e nada é errado.






André Lima: no último desfile da temporada, o estilista foi muito feliz ao abordar a temática mais interpretada nesse inverno 2012: o decorativismo. Texturas mil, estampas exuberantes, brilhos, brocados e volumes transbordaram na passarela ao representar, principalmente, a estética oriental. Gueixas contemporâneas, que usam além do quimono, vestido tubinho, alfaiataria e até saias volumosas, desfilaram uma imensa gama de ricas matérias-primas. Dourado, laranja, preto, azul klein e violeta foram alguns dos tons imponentes que coloriram a mistura de estampas e os tecidos com fios metalizados. Além do orientalismo, uma onda espanhola também pairou no desfile, com looks construídos a partir de camadas, muitos babados e calças de cintura alta como as dos toureiros. Extravagância, boa dose de irrealidade e muito luxo nos detalhes. André lima desenvolveu uma coleção em que o mundo e suas várias culturas a inspirou, e com isso, ele nos leva junto a esses lugares tão maravilhosos e icônicos.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Resumo SPFW | Segunda-feira





Glória Coelho: o ar futurista ainda é a estética preferida da estilista, mas dessa vez, ela surgiu aliada a uma boa dose de feminilidade. O inverno 2012 de Glória é estruturado, arquitetônico, repleta de modelagens que desafiam a nossa percepção, e com toque sensual contemporâneo. A transparência, os babados localizados e abundantes (teve até Peplums – no jeito rígido de Glória!), micro e mídi comprimentos, recortes reveladores e shape ajustado ao corpo, foram algumas das interpretações da estilista para essa mulher, que até quando sexy, é inovadora. Os tecidos são sempre estruturados, não importa a sua natureza, rígida ou leve. Por exemplo, o couro, a alfaiataria e a pele de vaca foram intercalados a tules e organzas delicadas, o que garantiu um equilíbrio visual interessantíssimo. A cartela também contribuiu para esse aquilíbro : gelo, chantilly, areia, preto, camelo e pequenas doses vibrantes de vermelho, prata e verde-lima. Até ela apostou nos bordados, nos ombros arredondados, nos conjuntinhos e outras mais tendências já anunciadas, mas ainda assim, Glória sabe originalizar o comum e transformá-lo em incomum! 







Maria Bonita: inspirada na região Norte do Brasil e, principalmente, na Amazônia, o inverno da marca trouxe cores barrentas à passarela do SPFW. Mistura de materiais com efeito natural e clássico foram muito explorados, como na alfaiataria, no crochê, nos bordados artesanais e tricôs felpudos.  O shape é modernete, afastado do corpo (exceto os looks arrematados por cintos fininhos) e em comprimentos mídis - tudo bem característicos da marca. Além disso, volumes e elementos oversize também foram utilizados. A brincadeira entre diversos materiais e suas cores foi inusitado, principalmente pelo efeito metalizado, pela coloração verde musgo, jade, mostarda e bronze. As folhagens que cobriam a passarela, muitas vezes se confundiam aos looks apresentados, seja pela textura ou  pelo tom florestal. Assim como a estética total, bem rústica, as tramas e tecidos construídos a partir dessas formaram efeitos gráficos.






UMA por Raquel Davidowicz: depois de dois anos out da semana de moda paulista, a marca trouxe mulheres reais a passarela do evento. Não só pela coleção usável e minimalista, mas, principalmente, pela escolhe de não-modelos para desfilar as criações da marca. Minimalista, contemporânea e pé no chão , o inverno da UMA é para mulheres dinâmicas, básicas e até com pegada masculina. Os looks, em sua maioria, atemporais, revelaram também tendências do inverno: o próprio minimalismo, metalizados, tecidos texturizados e cartela neutra. Outra boa proposta tem a ver com o caimento das peças, já que a fluidez e estrutura desfilaram lado a lado várias vezes. Tecidos moles e pesados, casacos bem arquitetados, tricôs e couro amarrotado, viajaram por tons de mescla, P&B, terrosos e vermelhos. Clean, bem acabada e destinada a mulheres que, muitas vezes, não tem tempo e nem saco para modinhas, só para uma boa roupa.







João Pimenta: coleção masculina não é sinônimo de simplicidade e 'mesmice' na concepção do estilista, pelo ao contrário. O inverno 2012 em sua interpretação será decorado, pomposo e com muita dramaticidade. Desenvolvido, principalmente, a partir de experimentações em cima da clássica alfaiataria, a coleção misturou muitos elementos vintage a contemporâneas. Lembra dos homens que eram os verdadeiros ícones de moda nos séculos passados? Pois bem, se Luis XV vivesse nos tempos de hoje, ele vestiria João Pimenta. Smoking recortados, alfaiataria com mistura de tecidos (e, conseqüentemente, texturas), padrões ornamentados, calças culotes, maxi saias, sobreposições de efeito armadura, coletes variados e lapelas criativas foram algumas das peças-figurino apresentadas no SPFW. A cartela dark e misteriosa foi pontuada por veludos, brocados, couro e um curioso tecido resinado com efeito de manchas. A impressão era de que esses homens tinham acabada de terminar um "longo plantão em meio a leprosos miseráveis" e, mesmo assim, não esqueceram a elegância dos históricos Dandys. Drama, mesmo!




Lino Villaventura: sereias exuberantes desfilaram os vestidos de festa de Lino nesse inverno. Vestidos volumosos, com preenchimento de tule nas saias e arrematados por um tecido com efeito de barbatana abriram o desfile do estilista. Negros e com toque aveludado, os tecidos nobres se alternaram nessa peças impactantes. Bordados cristalizados, decotes generosos e transparências expuseram o corpo dessa mulher teatral, que além dos mega vestidos, também vestiu peças coladas ao corpo. Maxi capas foram utilizadas para arrematar alguns looks poderosos e dramáticos, sem falar nos arranjos-máscara nos cabelo. Na cartela, além do preto e suas nuances texturizadas, nude, vermelho, laranja e estampas surrealistas. A coleção parecia representar o closet da Rainha Úrula, aquela vilã-polvo da Pequena Sereia: volumosa, imponente e dark. 


domingo, 22 de janeiro de 2012

Resumo SPFW | Domingo





Cavalera: cool e mais urbana impossível (já que o tema da coleção era o ar metropolitano dos centros das cidades), foi nesse clima que a Cavalera desfilou o seu inverno 2012. A atitude, ora romântica (repare na linda aplicação de tule e renda em alguns looks menina-fatal), ora dark (preto,jeans escuro e couro fetiche), ora boho (os acessórios e estampas com ‘que’ de folclore), era sempre permeada por uma e principal vertente da marca: a jovialidade street. A sofisticação dos bordados e rendados foi quebrada, exatamente, pelo uso das malhas e das jaquetas utilitárias, por exemplo. Esse equilíbrio também aconteceu no shape: enquanto propostas mais ousadas, de modelagens inteligentes e feminilidade glamorosa desfilavam, outras cleans (a calça skinny sobrevive!), de tênis no pé, e usáveis no dia-a-dia da cidade formatavam o styling. A verdade é que a Cavalera e, principalmente, o jovem, quer usar, mistura e ousar com tudo o que a moda lhe oferece. Sobreposição típica e nova mistura de tecidos refinados, matérias-primas tecno/elaboradas e outras clássicas/básicas, silhueta sensual produzida e descompromissada, simultaneamente. A beleza à la Amy já me conquistou.Tudo isso faz parte do universo street, ou seja, Cavalera!







Jerfferson Kulig: o inverno do estilista é versátil: toque esportivo, romântico, clássico e até inovador. Essa mistura de tudo um pouquinho deu-se muito por causa da escolha do tema - o campo e o meio urbano - que são, de fato, meios contratantes. Duas vertentes de cartela, uma candy e outra bem concreta, literalmente, foram exploradas em shapes minimalistas e com muita mistura de tecidos. Transparência, texturas diferenciadas, aplicações de flores e boas formas geométricas foram desenhadas por recortes de tecidos e beneficiamentos - uma brincadeira de construção que funcionou! Saias estruturadas, vestidos retos e destaque nas mangas (compridas, 3\4, arredondadas e com trabalhos de mostra e esconde).







FH por Fause Haten : mesmo que com um tema já super explorado, o inverno de Fause não se deixa enganar: o tropicalismo na visão dele é elegante, sofisticado e com nenhum aspecto de natureza – a não ser pela linda estamparia de folhagens. Os bordados impactantes, assim como os tecidos acetinados, garantiram nobreza a esse tema natural. Além disso, shape super feminino, lânguido e de cintura bem marcada para retratar essa deusa da mata. Decotes generosos, transparência sensual, beneficiamentos riquíssimos, transpasses e estolas de pele negra agregaram ainda mais poder a essa mulher. Meio vintage e até áureo, os vestidos de festa surpreenderam pela elegância e nobreza dos detalhes. O pescoço, colo e ombros foram, sem dúvida, muito explorados e destacados pelo estilista, que propôs boas proporções, assimetrias e elementos expressivos na área, como as próprias estolas. Negro, variações de verde, branco névoa, violeta, dourado... Naturalmente chique!







Juliana Jabour: repleto de peças-desejos e produções tentadoras, o inverno 2012 da estilista de público teen trabalhou duas propostas centrais: anos 20 e 60. Por um lado, cinturas rebaixadas e vestidos molengos, por outro, linhas firmes e cores vibrantes. Com pitadas indianas devido ao filme Viagem a Darjeeling, a cartela rica e com estampas étnicas pontuou a linda coleção, que por sinal, é bem comercial. Golas fofas, conjuntinhos college, tricôs confortáveis, transparência, plissados, camisaria e metalizados, são apenas algumas das tendências hit da estação que aparecem no inverno de Juliana. Amarelo mostarda, azul celeste,vermelho, preto e terrosos pintaram os tecidos, alguns contaram com o efeito metal, brilhoso e texturas cool, como o jacquard. Outro ponto a favor foi a boa aposta em peças com clima sportswear chique: agasalhos e  zípers compuseram bem os looks romântiquinhos. Hi-lo, perfume vintage e eu, obviamente, quero já!







Colcci: visivelmente mais madura, a Colcci embarcou numa onda mais clássica e menos teen nesse inverno. Peças de alfaiataria e com toque vintage predominaram na coleção, assim como a cartela camelo, o que revelou uma gama de peças atemporais, ainda que repleta de tendências. Sensualidade e pele a mostra, apenas no hot pant e na composição de sais godês com costelinha de fora. Além dessas peças, a saia-lápis apareceu em diversas interpretações, a mais fetichista, em couro (muita utilizado), com certeza vai pegar! Tricôs pesados,coloridos e de pontos largos foram os responsáveis pelo jogo de leveza e proporções, eles aparecem maxi com calça skinny ou saias ajustadas e nos tops croppeds utilizados com as saias mídis, principalmente. Equilíbrio a parte, a irreverência apareceu no mix de estampas xadrez, grunge atual e sofisticado, nos recortes e texturas alternadas em um só look. Jeans + jeans, shape sessentinha, boas peças estruturadas em lã, plissado romântico, transparência e muitas outras opções de tendências. Essas sim, o público Colcci adora, assim como Alessandra Ambrósio e Ashton Kutcher na passarela!


sábado, 21 de janeiro de 2012

Resumo SPFW | Sábado





Reinaldo Lourenço : inspirado em Notre Dame, o inverno do estilista é gótico como a arquitetura da catedral e chique como Paris. Aquele olhar misterioso que envolve o monumento, muito pelas esculturas das gárgulas e santos, estava explícito no desfile negro interpretado por Reinaldo. A coleção foi pontuada por duas vertendes: peças bem construídas, arquitetônicas, recortadas e com silhueta ajustada ao corpo e outra mais fluída, sensual e curvilínea. Fiel ao tema, o shape só podia ser esse, já que a estética gótica abrange o verticalismo e curvas quebradas.  Na outra metade do desfile, estampas inspiradas nos lindos vitrais da Catedral iluminaram e suavizaram o desfile. Capuzes e formas lânguidas lembravam a indumentária das freiras, essas, porém nada santas: transparência, couro, veludo, pele fake e vinil arremataram essas produções com uma boa dose de sex appeal e, até mesmo, sadomasoquismo (metaleiro clean!). Golas padres e altas – super comportadas – contrastaram com decotes profundos e com essa atitude sensual vermelha e preta, super incorporada nas modelos e nas peças que elas vestiam. Sombrio e instigante!







Ellus: Fetichista e rocker, a coleção inverno 2012 da marca usou e abusou do couro e dos looks total blacks. Resultado: mais Ellus impossível!  Por outro lado, boas surpresas tentadoras, como a mistura de tecidos texturizados e de propostas contrastante (como a renda e o próprio couro metalizado), metais bronzeados nos beneficiamentos, cores vibrantes e cintos-armaduras. O toque feminino, em meio a tantas referências heavy-metal, ficou por conta dos babados localizados na cintura, aquela tendência já anunciada dos Peplums – mas na Ellus esses são power! Peles sofisticadas arremataram os looks mulher-gato - no couro preto, vermelho, laranja desbotado e até pêssego. O bordado de paetês retangulares e abundantes e os tecidos mais fluídos de poucos e bons looks também funcionaram. Comprimento mini, fendas, transparência, e muita, mas muita atitude cool!







Mario Queiroz: o decorativismo, tendência-chave do inverno 2012, traçou a coleção da marca nessa estação. Misturas abundantes de tecidos imponentes, de beneficiamentos, estampas, motivos e texturas, resultaram naquela estética rica e sofisticada familiar ao tema. Em compensação, o shape é bem Mario: alfaiataria bem resolvida e construída, porém, com nuances interessantes de peças urbanas. A mistura do clássico e do moderno foi vista em blazers X jaquetas perfecto,pela cartela, ora dramática, ora real, e nas saias usadas com sobreposição de calças. Aliás, muitas sopreposições apareceram, nas mais  interessantes, uma montanha de peças com aspecto vintage formatavam looks meio grunges. P&B, mesclas, azul violeta, laranja e metalizados estavam lá, assim como os bordados localizados e as estampas geométricas,inspiradas no modernismo.






Huis Clos: a contemporaneidade a Huis Clos não perde a direção, não importa a estação. Nesse inverno, ela estava lá na predominância dos tons urbanos de mescla e no minimalismo comedido dos shapes, ainda sim, elaborados. Na marca, o menos, definitivamente, é mais. E nem por isso, o que se parece simples, o é. A limpeza de formas, a alfaiataria bem acabada e a brincadeira entre malha e tecido plano, desafiam com inteligência a nossa percepção. O romantismo perfumou a coleção com tons pastéis, rendinhas e cintura marcada por finos cintos. Tecidos molengas e pesados, como o veludo molhado e as malhas grossas ,como o moletom, se alternaram em estrutura e desestrutura. Tudo bem comedido! Os ombros arredondados, forte tendência, é a cara da cliente Huis Clos, não à toa, ele super apareceu. Efeito envelope, zípers, recortes e estética proposital dos tecidos inacabados, somaram, ainda mais, independência a essa mulher. Ah! A inspiração veio das lingeries vintage – chique e feminino.






Samuel Cirnansck : o inverno do estilista inspirado em peles e jóias - super-desejos femininos - foi, obviamente, decorado. Bordados de pedrarias reluzentes e os efeitos texturizados dos tecidos nobres garantiram certa dramaticidade à coleção, que além desses, abordou muito volume. Era tudo máxi: brilho, babados, plumas, transparência.  A estética pomposa, até meio cinematográfica, só confirmou o talento do estilista para vestidos de festa, se não, de baile. Cisnei negro é pouco para Samuel! A cartela black and white e dourado, apesar de simplificada, era riquíssima, exatamente pela abundância de elementos decorativos. A seda tinha efeito de pele real, e foi criada especialmente para essa coleção. Além desse, todos os outros mini detalhes, juntos, fizeram a diferença no visual feminino e sofisticado da coleção. Feminilidade é a palavra nesse inverno: sensual, justo ao corpo e revelador, a silhueta vestiu  verdadeiras sereias.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Resumo SPFW | Sexta-feira





Pedro Lourenço: o estilista já havia apresentado essa mesma coleção nos desfiles pré-fall em NY, mas a ansiedade em torno do seu inverno não diminui por aqui. Os fashionistas brasileiros querem mesmo é ver Pedro e seu produto – considerado, internacionalmente e atualmente, o de melhor qualidade e vigor criativo -  desfilaram em seu solo!  A coleção, inspirada na Patagônia e nas terras gélidas da região, contou com o mesmo preciosismo de linhas, materiais e estampas que elevaram o estilista a esse superior patamar. Além da estrutura e minimalismo de suas peças, para esse inverno, ele ousou pontuá-las com uma delicada fluidez. Ou seja: peças equilibradas, menos rígidas e levemente mais femininas. A alfaiataria primorosa continua, assim como a estamparia precisa – dessa vez, com paisagens do local-referência. Recortes, shapes tubulares, ombros arredondados, calças retas e uma brincadeira com volumes (nos bottons ou nos tops, e vice e versa) foram explorados em tons gélidos e iluminadores. A pele de lhama fake garantiu ainda mais sofisticação à coleção, que só confirmou o que os rumores já previam: ele é o cara do momento!








R.Rosner :  se o assunto é vestido de festa, nada melhor do que uma coleção arrebatadora e dramática! Na estréia da marca comandada por Rodrigo Rosner, muitos tecidos nobres, impactantes e repletos de beneficiamentos que os exaltaram ainda mais - como bordados, aplicações e brocados. A coleção, inspirada nas mariposas, vestiu as modelos como verdadeiras damas de preto, exceto pelos pontos de luz coloridos causado por manchas estratégicas que imitavam as asas do inseto. A transparência foi o principal apelo do estilista nesse inverno, seja causada pelos tecidos leves e vaporosos, pelas rendas vazadas ou por microtules interpretados em segunda-pele. Sensualidade e sofisticação, e um ‘quê’ de espetáculo.  Cintura marcada, longos esvoaçantes, babados localizados, e muito, mas muito brilho, nos bordados e tecidos acetinados. Além do preto na cartela, também teve nude, dourado, azul klein, violeta e amarelo. Decorativismo puro e luxo!






Alexandre Herchcovitch : o inverno do renomado estilista é mínimal e com shape predominantemente oval, principalmente nas mangas, busto, saias e eggcoats.O efeito redondamente inflado é uma grande aposta internacional, e se confirma na passarela brasileira com a coleção de Herchcovicth no SPFW e no Fashion Rio (lembram que sua marca de jeans também abordou esse shape?). Tecidos ricos e de nuances opostas garantiram contemporaneidade aos looks da coleção, como a junção de renda e lã numa mesma peça, e verniz e alfaiataria em outras. Além dos pesos, esses tecidos também se diferenciavam na textura (nervurada, brilhosa, aveludada...), o que resultou em um visual ora retro, ora modernete - para isso, brocados, chamois, verniz, metal emborrachado, acetinados, e aqueles outros que já citamos logo em cima. A gama de matérias-primas equilibrou a limpeza de linhas e a silhueta seca. O efeito transpasse/envelope também conquistou: com zíper, botão ou até mesmo seguro por faixas, eles destacaram, literalmente, os casacos (choppeds ou mídis), saias e camisas. Outra boa aposta, anote aí: peças bicolores com efeito dubble face, e debruns coloridos com efeito recorte. A cartela é bem inverno 2012: bordot, camelo, marrom, amarelo mostarda e tons alaranjados.







Iódice : super feminina e até sensual, a coleção do Iódice surpreendeu pela pegada elegante-poderosa. Mas só podia ser dessa maneira, já que a inspiração vinha de um livro aonde rock stars vestiam Versace. Além dessa pegada rock glam, peças clássicas e com muitas referências gregas (repare na gladiadora nos pés!) foram adaptadas a tecidos imponentes, texturizados e sofisticados. A cintura rebaixada e alguns looks tubulares não esconderam a pegada sexy da coleção, exemplo da estampa de cobra, o verniz, o couro, os bordados, os metalizados e as transparências. A cintura marcada também apareceu, mas o shape soltinho e confortável predominou, principalmente em blusas e vestidos frente-única. Outras várias variações de decotes e recortes exaltaram os ombros e colo da mulher – comportado redondo, elaborado sensual e o comercial tomara-que-caia. Babados, toques assimétricos e franzidos e repuxados localizados moldaram a silhueta lânguida da coleção. E mais metal, mais camisaria, mais bordados, e tudo mais o que inverno 2012 está pedindo!






Triton : com pegada clean e geométrica, mas ainda sim jovem, a Triton fechou o segundo dia de desfiles do SPFW. A estamparia, principal aposta dessa coleção, apareceu em praticamente todos os looks: seja em um mix divertido entre elas, em conjuntinhos pijamas com padronagens idênticas ou até naqueles conjuntos diferenciados, mas estrategicamente  bem compostos. Assim como o shape arquitetônico, a estampa evoluiu na mesma vibe, com listrados, bolas, formas góticas e até meio psicodélicas – e se essas deram movimento aos looks, a cintura soltinha e alguns babados também o fizeram. A cartela de cores era invernal e com pitada sombria: cinza envelhecido, preto, azuis-esverdeados, laranjas, mostardas, e com nuances de camelos típicas do inverno 2012. Viva e sóbria, estampa e silhueta! Ainda que mais madura, a coleção conseguiu despertar desejo teen e alternativo,  vide os vestidos bem estruturados e sensuais na medida, na camisaria-hit, os sweaters-curingas e na clássica alfaiataria fit. Além do mais, a atitude é fresh, contemporânea, urbana e com a cara da cliente Triton, que assim como a marca, almeja novos vôos.  Nos tecidos, firmeza alternada a fluidez, recortes e bordados pontuados, tweeds joviais e tricôs. Aliás, como na maioria dos desfiles dessa temporada, a alternância de texturas reinou na Triton. 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Resumo SPFW | Quinta-feira





Animale : Na mesma vibe do seu último desfile de verão, o inverno 2012 da Animale é equilibrado: maduro e sensual, dubiamente. Inspirada na aristocracia russa, a coleção foi essencialmente rica como a referência, vide os tecidos glamorosos como o veludo e os bordados localizados. Além das peles, tão características da indumentária dos Czares, outra forte aposta da marca foram os tecidos nobres que revelavam supertransparências. Pele à mostra e os tais brilhos garantiram a feminilidade da coleção, desenvolvida, basicamente, em silhuetas retas à La Anos 20 - comprimento midi e fluidez andaram lado a lado, aplicados exatamente a essa estética tubular. Tricôs bem trabalhados, cartela chique e marcante (bordot, vermelho, petro, champagne, dourados e alaranjados) e a atitude elegante, poderosa e contemporânea, marcaram o inverno 2012 da Animale.







Tufi Duek : Viagem à Lua e além! A coleção, assinada por Eduardo Pombal, viajou por duas vertentes opostas e que tanto conversaram anos atrás: o futurismo e a década de 60. Nada de looks metalizados  em linha A (tão comuns naquela época ), na verdade, o metal estava aplicado a vestidos  e sais lápis supercolados ao corpo, em forma de foguete. Para abrilhantar a constelação arrebatadora, bordados reluzentes e localizados. Branco, preto, dourado, ocre e prateado deram o tom do inverno da marca, muitas vezes desenvolvido em texturas craqueladas e rochosas. Além de toda a feminilidade da silhueta, fendas e babados localizados - na cintura e barra das saias – agregaram classe e elegância natural aos looks. Resumindo: shape retrô quarentinha em tecidos com efeito tecnológico e sofisticado.






Cori : uma cavalaria chiquérrima e superfeminina travessou a passarela do SPFW para desfilar o inverno 2012 da Cori. Envolvida no espírito hípico, a marca acertou a mão, mais uma vez, nessa coleção. Bem acabadas, clássicas, mas com várias referências atuais, as peças brincaram entre texturas mil e acessórios inteligentes - como a ombreira de couro e os cintos-cela. Fendas, transparências e maxidecotes deram um ‘quê’ sensual à amazona contemporânea. Além do mais, a oposição dos tecidos leves e pesados e suas variantes proporções, garantiram equilíbrio e porte eqüino! Cartela do campo: verde musgo, marrons, black, canela, folha seca,laranja e azulados, SEMPRE com texturas brilhosas,reluzentes e sofisticadas. Alfaiataria, limpeza de linhas e algumas poucas e boas sobreposições. Chique que dói!







Osklen : guerrilheiras verdes ergueram a bandeira em prol da sustentabilidade – esse é o espírito da coleção de inverno 2012 da Osklen. O estilista Oskar Metsavaht, desde sempre engajado nessa causa, foi o responsável por traduzir as questões socioambientais em roupas. Para começar, tecidos orgânicos e ecológicos, logo depois, a estampa camuflada com motivos super geometrizados: atual e idealista! Outra estampa interessante apareceu, essa adaptava as folhagens amazônicas ao clássico flower power setentista . O shape bem construído e minimalista, tão característico da marca, foi revigorado por cores incisivas e vibrantes: azul Klein, laranja, vermelho e  verde musgo. O também clássico mescla e preto da Osklen apareceram, sim. Sobreposição, transparência localizada e o comprimento míni ajudaram a contar essa história necessária: a natureza está em migalhas e os estilistas devem, mais do que nunca, pensar e/ou fornecer novas propostas para o vestir. Necessidade global e atual !






quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Que comece o SPFW !





Hoje começa a mais importante semana de moda do nosso país, o tão esperado São Paulo Fashion Week. Apesar de não podermos estar por lá, o caCOOL vai ficar conectado à tudo o que rola na cidade vizinha, e traz essas novidades em primeira mão para vocês, a partir de hoje a noite! Fiquem atentos aos nossos resumos diários (aqueles práticos, vapt-vupts e super objetivos!) com a nossa famosa e competente crítica sobre cada desfile. Dessa vez, em tempo real, vamos atualizar os resumos assim que os desfiles terminaram, até que o último do dia cruze a passarela. Mais rápido e dinâmico, a nossa análise chega até você rapidinho e com mil novidades! Além disso, já que não deu tempo de analisar todas as macrotendências do Fashion Rio, vamos pontuá-las pós-SPFW. Os desfiles que rolarem no evento vão ajudar, ainda mais, a concretizar, confirmar, e até acrescentar informações sobre esses possíveis caminhos para o inverno 2012. São eles, além da Camisaria de terça e do Decorativismo X Geometrismo de ontem, o Sportswear, o Aconchego, o Conjuntinho, a Transparência, o Orientalismo, o Havy Metal, a Cartela Terrracota e as Pelugens. Tomem nota e fiquem de olho se esses, assim como no Rio, também serão fortes apostas paulistanas! Por enquanto, o line-up dos desfiles para vocês. Até mais tarde!




Fashion Rio : decorativismo x geometrismo





Além da ‘camisa mania’, também abordamos ontem diversas alianças que ajudaram a elevar esse item tão clássico do nosso closet a categoria de hit da estação - golas mil, transparências, bordados e estamparias originais, são algumas delas. Essas tais alianças não ficam restritas apenas a camisaria, aliás, foi a própria camisaria que se apoderou delas. São, na verdade, macro tendências que migraram e circularam por diversas peças, com as mais variáveis interpretações. Vamos e devemos pontuá-las, pois são essas tendências que nos guiarão a um inverno fashionista! Hoje, começamos com os opostos que se atraíram: decorativismo e geometrismo.




Decorativismo : a onda de bordados, tecidos texturizados e aplicações mil que a moda outono/inverno mergulhou, tem muito a ver com essa tendência esplendorosamente exuberante. Oriundos dos séculos passados, os tecidos brocados e mega ornamentados aterrissaram na passarela internacional a fim de garantir uma brisa nostálgica para a estação. Esse resgate nada mais tem a ver do que com a estética luxuosa e a ostentação Barroca, que em tempos de crise mundial, funcionam como válvula de escape para os problemas cotidianos. As peças desenvolvidas a partir desses tecidos cheios de abundância, com certeza, nos levam diretamente para a extravagância do séc. XVII !




Geometrismo : na contramão do decorativismo pomposo, a geometria chegou para enquadrar e simplificar tudo o que transborda do copo com a tendência over. A silhueta geometrizada corre, paralelamente, por duas vertentes: o minimalismo contemporâneo e a retrô de referência sessentinha. Linha A, peças arquitetônica e formas contidas são amigas, em sua maioria, de cores vivas ou P&;B. Quando não monocromáticos, esses looks são coloridos por estampas também geométricas (ou até por aquelas do décor): poá, listras e motivos étnicos se confundem e misturam numa miscelânea atualíssima.




Repararam no equilíbrio entre essas duas macrotendências?Se há efeitos decorativos demais na estampa e/ou tecidos,  o shape com linhas simplificadas trata de colocar o nosso pé no chão, ou seja, na nossa tão concreta contemporaneidade.


Beijos,

Carol Gama.