quarta-feira, 27 de junho de 2012

Yayoi Kusama + Louis Vuitton


A parceria histórica entre a Louis Vuitton e a artista plástica Yayoi Kusama ganhou, essa semana, um novo capítulo. Além da coleção exclusiva - intitulada “Infinitely Kusama”-, que foi desenvolvida por Marc Jacobs em comunhão com a japa no ano passado, mas que só chega ás lojas agora, uma nova colab foi anunciada: a inauguração de pop-up stores de verão mundo a fora. A décor, obviamente, contará com muitos motivos de bolinhas – assim como as roupas. Os pontos escolhidos, além da loja principal, no Soho, em NY, foram Hong Kong, na China, Ngee Ann City, em Cingapura, e Tóquio, no Japão. Os detalhes da notícia vocês podem ler em diversos sites por aí, mas o que vamos destacar no post de hoje, além de outras parcerias entre a artista e a ‘moda’, são os importantes trabalhos, curiosidades e a própria história de Kusama – que, até então, eu também desconhecia. É para se inspirar e se cobrir poá!


O resumo da obra é relativamente simples: a japonesa trocou Tokyo por NYC quando percebeu, no final dos anos 50, que a estilo peculiar da cultura oriental não se encaixava no seu estilo artístico vanguardista – e vice e versa. A partir de então, ela foi associada a pop art (junto com Andy Warhol, Claes Oldenburg e George Segal) e ganhou destaque quando, no final dos anos 60´s, embalada pela liberdade hippie, expos pessoas nuas completamente pintadas com as bolinhas. A figura circular se tornou, então, sua rubrica artística.


A Lancôme lançou, há pouco tempo, uma fofa linha de gloss em parceria com a artista, que também já teve até marca própria, a Kusama Fashion Company Ltd, vendida na Bloomingdales no século passado. Depois dessas fashions colaborações, foi só agora que nasceu a mais expressiva na carreira de Kusama: com a Louis Vuitton de Marc Jacobs. O mais divertido é perceber como a estética repetitiva, colorida e provocadora de Yayoi Kusama injeta uma energia nova e, assim como ela, vanguardista, em marcas essencialmente clássicas. Pelos croquis da pop-up store da LV, é exatamente esse deslocamento que podemos esperar: lojas-conceito que funcionam bem mais do que simples pontos de encontro de luxo e consumo fashionista, mas, principalmente, que se comportam como galerias contemporâneas que, torna acessíveis a todos, diferentes formas de artes (pintura, instalação, ilustração, moda...) em um único local. O melhor disso? Os afortunados podem até levar um pouquinho desse mundo de bolinhas para casa, como se tivessem acabado de adquirir uma obra de arte de Yayoi Kusama por bons zeros a menos.


Então, quem está de malas prontas para algum desses destinos, não deixe de visitar o mais novo empreendimento de repercussão global que une moda+arte. Aliás, se seu destino é NYC, você vai poder se aprofundar ainda mais no universo da Yayoi Kusama, já que a própria LV está patrocinando a nova exposição da artista no Whitney Museum of Art. Enjoy!


YAYOI KUSAMA
12 de julho à 30 de setembro, 2012
Whitney Museum of Art.
945 Madison Ave. at 75th St.
New York, NY 10021 










segunda-feira, 25 de junho de 2012

Guia de Compras : Liqui Inverno



Meninas, o inverno começou oficialmente na semana passada! Além do friozinho bem-vindo, a outra boa notícia é que muitas marcas anunciaram o início de suas liquidações. Pode até parecer contraditório, mas a   antecipação das coleções e a sede do público-exigente por constante novidade, faz com que essas marcas antecipem também o seu momento ‘sale’- mesmo no auge do inverno! Ganhamos nós!  Nesse post, selecionei peças hit da estação do frio, mas que também vão vingar no verão. A dica é aproveitar os preços baixos para usar já e futuramente! 




terça-feira, 19 de junho de 2012

Adidas X Opening Ceremony





Já falamos aqui no blog sobre as diversas parcerias que a Adidas está fechando para fisgar o público fashion, lembram? Além de Stella McCartney, a marca esportiva acabou de desenvolver uma coleção especial com a cool Opening Cerimony. O tema não podia ser mais adequado: os jogos olímpicos. Com a proximidade da estreia dos jogos em Londres, a Adidas aproveitou a inauguração da primeira loja da Opening Ceremony na cidade para uma dupla celebração.  Além disso, a tradução literal e o conceito puro da ‘Cerimônia de Abertura’ não podiam estar mais dentro do contexto atual. Como nos jogos olímpicos - aonde os gregos propunham a troca, fusão e participação de todas as culturas mundiais através do esporte - o objetivo da Opening Ceremony é aplicar essa teoria de globalização à moda. Como? O espaço, que já conta com duas filiais em NYC, uma em Tokyo e uma em L.A, reúne o trabalho de diversos talentosos artistas e designers, americanos ou não, em ascensão. Segundo eles, a intenção é propor um fórum internacional criativo no centro de Manhattan, mas que se espalha e comunica com todo o mundo. Se você tiver a oportunidade de passar por alguns desses países, não deixe de visitar a loja da Opening Cerimony, pois, com certeza, será uma experiência comercial, sensorial e cultural única!





Como vocês podem ver nas fotos da campanha, a coleção mistura elementos da natação e do ciclismo com a atitude de rua dos anos 90. As estampas psicodélicas, o minifloral caleidoscópio e os motivos de lenço e bandana (super hits da estação!) estão na coleção. Além do shape, os materiais seguem a pegada tecnológica e esportiva. O mais interessante é perceber como o étnico e o global está misturado nas peças e no conceito da campanha. O que nos mostra, mais uma vez, que a rica cultura de etnias milenares estão passando por um processo de reinvenção: na moda e na economia! 

Beijos, Carol.


domingo, 17 de junho de 2012

Destaques SPFW | 16/06







Cavalera : 

Se há uma palavra que combina perfeitamente com o desfile da Cavalera, essa palavra é polêmica. Não só pela muralha de profissionais da moda que encerrou o desfile da marca a fim de reivindicar uma atençãozinha de Dilma, mas também pelos diversos contrastes e sensações opostas que a coleção despertou – boas ou ruins. Adorei a locação trash que serviu de passarela para falar sobre uma Bahia deteriorada, aliás, o hilo de materiais, proporções e estampas foi constante nos looks desenvolvidos a partir de muitas sobreposições. Por falar nisso, se a calça sobre saia já foi anunciado como truque de styling lá fora, por aqui, a Cavalera conseguiu refrescar e abrasileirar a proposta. O conceito é bom, mas será que pega?

André Lima :
André Lima até tentou fazer uma coleção mais próxima do consumidor popular, mas não tem jeito: ele nasceu para brilhar no corpo das mulheres mais glamourosas do país! Seus vestidos poderosos, esvoaçantes, com estampas e tecidos especiais são a cara dessa consumidora/fã do trabalho do estilista. A pegada over, vibrante e com um ‘quê’ étnico da coleção se resumem nessas duas fotos: o que falar do maxi brinco geométrico e do vestido pavão? Esse é o André Lima na essência e o que queremos ver no SPFW! Tomara que ele continue deixando as peças comerciais só para a sua parceria com a Riachuelo e que, na passarela, faça o que sabe de melhor: arte.

Têca:
Já estava com saudade de ver as coleções da Têca na passarela! Do Rio para São Paulo, acho que Helô Rocha acertou ao migrar para a semana de moda mais importante do nosso país. A Têca merece mais atenção pelo cuidado, carinho e histórias deliciosas que conta por traz de cada look das suas coleções. Ainda assim, o DNA da sua menina-mulher, apesar de cosmopolita, é carioquíssimo – deve ser por isso que me identifico tanto com o mood romântico, relax e naturalmente chique da marca! Lindos os conjuntinhos e as estampas que, juntas e misturadas, refletem a jornada da mulher que roda o mundo - para isso, óbvio, referências de culturas mil!
                                                                     
                                                                     Fernanda Yamamoto:
Inspirada em um arquiteto e em um artista plástico, a coleção arquitetônica de Fernanda Yamamoto seguiu por essa onda experimental - tão essencial durante um processo criativo. E teve experimentação de ponta a ponta: formas inusitadas, dobraduras, materiais incomuns, jogo de cores e estamparia... E apesar da Fernanda sempre criar roupas-design, bons looks comerciais cruzaram as passarelas. Achou irreal? A consumidora da marca é vanguardista e vai adorar essa nova forma de fazer roupa!
                                                                         
                                                                              Amapô:
Quando já pensamos ver tudo nos looks chamativos da Amapô, a ferramenta ‘zoom’ faz com que a gente desvende ainda outras mil coisas por traz da atitude over, divertida e cheia de informação característica da marca. Olha que incrível o franjado de canutilho do primeiro look! E a estamparia dos outros dois? O tecido floral de babados com fios metalizados e o colorido psicodélico neon não podem passar despercebidos entre tantos bons (e energizantes) momentos do verão da marca! Muitos bons drink para comemorar, então!

Samuel Cirnansck:
O preciosismo artesanal que Samuel imprime em suas peças é de tirar o fôlego! Cada rico bordado, volumosa camada e transparência delicada faz com que o estilista se enquadre na categoria de estilista-artesão. E mesmo que não exista ‘alta-costura’ por aqui, a sofisticação, a exclusividade e a qualidade das criações de Samuel fazem com que ele seja o número um quando o assunto é roupa de festa. Nenhuma atriz faria feio no tapete vermelho com uma criação do estilista - muito pelo ao contrário! Aposto que vai ter muita gringa querendo ser ninfa nos bailes de gala pelo mundo!







sábado, 16 de junho de 2012

Destaques SPFW | 15/06


Reinaldo Lourenço:
 Reinaldo Lourenço foi além dos clichês do universo náutico nesse verão. Esqueça a roupa de marinheiro, as âncoras e a combinação marinho + vermelho + branco. O azul que aparece na coleção do estilista é esse aí: oceano, vivo e... Klein! Além disso, o trabalho experimental com os ilhós (como na barra do vestido) rendeu modelagens inteligentes e detalhes criativos. E o que falar desse micromatelassê que serviu de base para ótimos looks? Sinal de que a textura pode ser atual e não precisa sempre estar atrelada a vertente vintage!


R.Rosner:
Rodrigo Rosner domina a moda festa muito bem, e é por isso que seu segundo desfile foi, novamente, recheado de vestidos de arrepiar! Tecidos nobres, bordados luxuosos, transparência e peças com ar exclusivo contaram um pouco da cultura Húngara na passarela do SPFW. Mais uma vez, essa foto do backstage resume perfeitamente o clima de glamour que pairou no ar com seu desfile! Detalhe para a sandália alada que, assim como a plumagem, fez a mulherada flutuar pela coleção.


                                                          Alexandre Herchcovith- masc. :
Interessante ver que, por trás de uma história bem contata – Alexandre viajou até a Segunda Guerra Mundial para desenvolver sua coleção masculina –, também existem bons links com a moda atual. É quando  o passado e o futuro se encontram! As fortes tendências do vestuário feminino para o próximo verão, como as texturas aquosas e plastificadas, o mix de estampas e a cartela pastel, foram moldadas com louvor (e masculinidade!) ao universo do guerrilheiro.

                                                                      Glória Coelho:
Glória Coelho é o espelho de um futuro criativo, inovador e instigante. Nesse verão, ela foi parar em 2035, mas, ainda assim, não se distanciou dos desejos de 2012. Aliás, ainda que, traçando um caminho contrário ao de Hercovitch no seu desfile masculino (ele olha para trás, e ela para frente), ambos conseguem trazer esse universo e tempo distantes para o presente. Os ombros arredondados, as capas de chuva tecnológicas, a cartela calma e as matérias-primas plastificadas - como no detalhe de dois dos lindos looks do seu desfile - confirmam a grande designer que Glória é.

Vitorino Campos:
O SPFW ainda nem acabou, mas já há um forte candidato ao ‘título’ de melhor coleção da temporada. Em um dia recheado de desfiles importante e com grandes nomes da moda brasileira, a estreia de Vitorino Campos mostrou que ele pode (e deve!) estar entre eles. Com uma linha mais minimalista e clássica, a coleção de verão de Vitorino passeou, principalmente, entre os também clássicos e minimalistas tons de P&B. A graça ficou por conta dos vestidos rodados à la Dior, das saias lápis e alfaiataria impecável, e da transparência pontuada em recortes charmosos. Quem disse que menos não era mais nesse verão?

Lino Villaventura:
Teatral, o desfile de Lino Villaventura teve o decorativismo como seu aliado número um. Isso quer dizer que o pegada over das peças desabrochou uma coleção cheia de Vida (nome escolhido para intitular o verão 2012 do estilista): volume, bordados, transparência, camadas de tule, tecidos nobres e tudo mais que o traje de um Baile de Máscaras tem direito! As máscaras, por sinal, não só eram lindas, como ajudavam a embalar o clima do desfile. A bagunça no backstage mostra que as modelos entraram na dança!












sexta-feira, 15 de junho de 2012

Destaques SPFW | 14/06


Neon:
Todas nós já conhecemos (e adoramos!) o universo irreverente, colorido e vaporoso da Neon. Deve ser por isso que, dessa vez, o que mais me chamou atenção no desfile cigano da marca foi, exatamente, uma vertente oposta do DNA de Dudu e Rita– vertente essa, até então, desconhecida por mim. Os looks mais sóbrios (lê-se menos estampados), compostos por alfaiataria clássica e com pegada boysh foram a boa surpresa do dia!

João Pimenta:
A aventura de João Pimenta é conceituar o guarda-roupa masculino. Entre peças possíveis e impossíveis, há uma unanimidade: os modelos que cruzaram a passarela do SPFW desfilaram belezas quase irreais - como alguns looks! Lindas também foram as peças desenvolvidas a partir desse linho rústico, quase saco de batata. Aliás, a atmosfera étnica desses dois looks é encantadora.  Zoom no par de slipper tramado que eu quero para mim já!

Julinana Jabour:
Ju Jabour acertou ao investir em um sportswear luxuoso para o próximo verão, mas sem deixar seu toque romântico boho de lado – resultado do mix de referências 80´s e 70´s na coleção da estilista, respectivamente.  A coleção é tão gostosa e comercial que não é difícil eleger uma peça-desejo! A bolsa-saco apareceu em diversas versões: lisa em nude e azlul klein, e listrada em terrosos (conjuntinho cool!) e cartela de verdes-água.  

                                                                    Jerfferson Kulig:
Tem Rio+20 por aqui e Jerfferson Kulig em SP. Tal comparação é necessária exatamente porque o estilista se dedicou, nessa temporada, a utilizar e desenvolver apenas tecidos sustentáveis. O resultado é surpreendente, já que a qualidade de tecidos nobres, como seda e tafetá, não foi afetada. Cool, né? E se o futuro da moda caminha para tal evolução, o shape da coleção não poderia ser diferente: pegada futurista. Ombros avantajados, recortes inusitados e tecidos de efeito surpreendente, como essa telinha, moldaram a coleção do estilista. 

Osklen:
A tendência tá pra Osklen! A marca de DNA praiano nem precisou se esforçar para acertar a mão entre conceito e comércio, já que, em 2013, o sol reluz a seu favor. Fazendo o que sabe de melhor e, ainda assim, com um tempero de design apurado que brinca com o rústico e com o hi tech, a marca estava se sentindo em casa (ou melhor, na praia). Adorei a sequência solar dos alaranjados de pôr do sol que mixou elementos naturais (como a palha) e tecnológicos (como o maxi colar plastificado)!

Colcci:
Há sempre uma certeza nos desfiles da Colcci: as tendências que já gritam pelo mundo serão bem adaptadas para a passarela brasileira. E não é que o assunto caiu como uma luva em relação aos últimos assuntos abordados aqui blog? Além dos looks que exploram a vertente fluo e pastel em sua totalidade, os que imprimem o equilíbrio entre esses tons apostos (como o do meio) são os mais inspiradores! Mais uma marca a mergulhar no fundo do mar, a Colcci já encheu seus consumidores de água na boca.




quarta-feira, 13 de junho de 2012

Destaques SPFW | 13/06





Água de Coco:
A Água de Coco trouxe para a passarela do SPFW uma riqueza artesanal inovadora para a moda praia. A coleção, inspirada na Turquia, teve o étnico (que tanto já falamos por aqui!) como referência-mãe.  Tramas, texturas, aplicações e recortes inovadores - além da linda estamparia - me fizeram viajar até a Capadócia sem precisar sair do computador!


UMA:
Nem a UMA, marca síntese do minimalismo, conseguiu dar as costas para a tal tentação dos tecidos texturizados e nada básicos. Na medida, a franja localizada e o crepe de seda riscado translúcido revelaram movimento e uma sensualidade sofisticada à coleção. Aliás, os maxi colares emborrachados com pegada africana também trouxeram à tona esse lado, digamos, over da mulher UMA.


Adriana Degreas 
Mais do que um beachwear luxuoso, Adriana Degreas sabe fazer, como ninguém, roupas de luxo que transbordam a orla. O que dizer do barroquismo aplicado, literalmente, a esses três looks? A saia lápis cravejada, o macaquinho de tricô metalizado e o longo bordado de micro paetês dourados são peças-chave do verão urbano e que, nas mãos da Adriana, prometem ser também adequados ao pós-praia.  Lushuo!


Forum:
A Fórum deixou sua pegada rocker de lado e resolveu mergulhar no universo tropical brasileiro. Olha que delícia esse look com estampa de caipirinha! Um brinde a Marta Ciribelli, estilista que teve a missão de reintegrar a marca ao calendário fashion paulista. O verde-lima do shortinho e a textura aquosa da ‘t-shirt’ são só algumas das boas (e comerciais) tendências de verão que apareceram na passarela da Fórum!  






Destaques SPFW | 12/06


Paula Raia:
O jogo de mostra-esconde da Paula Raia é a arma ideal para as mulheres que querem se sentir sensuais e frescas na medida. Aliás, é exatamente no verão que a brasileira deseja, mais do que nunca, essas sensações. O tom de bruma do mar, os recortes, o tule, a silhueta fluída e a pele a mostra, juntos, resultam nesse look que, apesar de longo e de manga comprida, é hot!

Ellus:
Essa foto clicada pelo Sergio Caddah é do backstage da Ellus. No entando, o resumo da obra traduz tão bem a sereia dark proposta pela marca, que essa poderia até ser a foto da campanha, né não? Detalhe para o incrível anel-barbatana e para o óculos com shape de snorkel. 

Movimento:
A estilista da Movimento, Tininha de Fonte, acertou em cheio ao transportar o mullet para o seu lugar de origem: a praia.  Imagina que delícia vestir por cima do biquíni essa estampa tropical e, para arrastar corações, desfilar a sua cauda de sereia esvoaçante no balneário dos sonhos? Fora os acessórios de guerrilheira, o look é super real!

                                                                                Iódice:
Não, você não está ficando louca! Realmente, o fundo do mar está causando um tsunami na moda. Mais uma marca a explorar o tema marítimo, a Iódice balançou meu coração com esse vestido cítrico. A textura de esponja, o toque neon das anêmonas, o shape que mistura a referência scuba com o volume e balanço das algas e o efeito translúcido aquoso foram coroados com o cinto de tubarão!

Ronaldo Fraga:
Do mar para a terra! Que Ronaldo Fraga representa como ninguém a nossa cultura, isso não se discute. Deve ser por isso que, ao se inspirar no Pará, ele tenha redescoberto o étnico brasileiro, o de raiz. Estou, até agora, quebrando a cabeça para desvendar como ele conseguiu esse efeito de mosaico amadeirado para essas peças. Alguém aí?








segunda-feira, 11 de junho de 2012

Destaques SPFW | 11/06


Animale:
Melhor do que a atitude da mulher Animale - que une o despojamento do espírito livre do safári com a correria da cidade - é a roupa que a veste com esperteza (e sempre conectada com o tal lifestyle hilo!). Existe zebra mais cosmopolita que essa? É tipo Marty fugindo do zoológico de NYC e querendo descobrir a savana de Madagascar. Cool! 

Alexandre Herhcovitch:
Love(and fun) is in the air para Herchcovitch. No clima Dia dos Namorados 80´s, o estilista nem precisou de cupido para acertar em cheio o coração das fashionistas com esses dois looks do desfile: shape, estampas e cores para não passar despercebido. Os modelos, que misturam o xadrez P&B ao quente amarelo e vermelho, são, sem dúvida, o calorzinho que faltava para os amantes celebrarem com diversão o dia de amanhã! 

                                                                       Tufi Duek:
 Dentre tantas novas maneiras de se calçar um sneaker, a versão do Tufi Duek vai ser a preferida das mulheres que não abrem mão da sofisticação nem no calçadão de paralelepípedos. O tênis de cano alto embutido criado por Isabel Marant foi apenas o primeiro star para um sport chique urbano. Tufi foi além e o resultado é esse: scarpin branco abotinado com direito a material acolchoado e cadarço como de um sneaker. Ame-o ou deixe-o?

FH por Fause Haten:
Fause e seu decorativismo peculiar nem se esforçam para entrar na dança das tendências verão 2013. Incrível a atitude black power misturada ao luxo dos bordados, transparências, estampas aquareladas e modelagens couture. A mega gargantilha de placa de metal tem tudo para substituir o maxicolar barroco e as golinhas destacáveis do inverno. 


Triton:
Assim como na última temporada, o top do desfile da Triton foi a estamparia. Porém, além das incríveis imagens que saltam os looks já afastados do corpo, outro elemento acentuou de vez o efeito tridimensional das peças: as ricas texturas.  A mistura entre motivos brocados, estampados, metalizados e bordados cria esse efeito elétrico e cheio de referências para viajar de cabeça.





quarta-feira, 6 de junho de 2012

De raiZARA




Como uma imagem fala mais que mil palavras – principalmente para nós, da jpeg generation -, vou abrir mão dos textos longos e me resumir a essas no dia de hoje. Fresquinhas em dose dupla, as fotos do recém-divulgado lookbook da Zara (teen e mulher) trazem o frescor étnico do alto verão europeu. Só uma dica!? Pode!? Prometo! Reparem como a adaptação da tendência multicultural para o público jovem é bem diferente da interpretação voltada para a mulher madura. Não se esqueça de se comunicar com o seu público e, é claro, se inspirar! 







terça-feira, 5 de junho de 2012

De raiz !

Galeria La Fayette - Paris.

A Europa não está passando apenas por uma crise econômica, mas também por uma crise de identidade. Quisera eu ser a autora dessa afirmação tão preciosa! A verdade é que ouvi a impactante frase de uma economista italiana em uma entrevista para a maior emissora local e, insistentemente, ela não saiu da minha cabeça. Aliás, ela resumiu com maestria o ‘por que’ de a etnia ser uma das tendências-chave do verão europeu. A descrença no ‘modelo europeu’ e a ascensão econômica de países cheios de excentricidades (como o nosso) pilhou os designers a viajarem (literalmente) até esses locais de cultura rica e colorida. Marc Jacobs passou por aqui mês passado acompanhado do namorado, lembram? 

Dolce & Gabbana.

Galeria La Fayette - Paris.

Galeria La Fayette - Paris.

Prada.

Missoni.

Multimarcas em Pescara.

Índia, China, Japão, África, Brasil e outros países latinos foram os responsáveis pela animação na roupa e, consequentemente, no estado de espírito dessa Europa murcha, murcha. As padronagens étnicas - e suas misturas - são as principais responsáveis pela vitalidade nas vitrines e nas araras das grandes lojas. De fato, é quente e contagiante! Consequentemente, o mix de estampas se confirmou como o truque de styling número um por lá. A boa notícia é que misturar esses motivos de raiz não é mais motivo para desespero entre os simples mortais que acham tal aventura um risco para a estética, exatamente porque esse mix acontece tão naturalmente quando a natureza dessas culturas. A má: não é mais opção, é obrigação! 

Prada - Galeria La Fayette - Paris.


Galeria La Fayette - Paris.

Izabel Marrant.

As estampas geométricas africanas, as navajos indígenas e as coloridas e ricas indianas se confundem em um mar tropical de folhagens. (Essa outra vertente da estamparia inspirada na ilha paradisíaca, mais ligada à água do que a terra, a gente fala amanhã). Por enquanto, vamos nos ater a pluralidade dessas culturas, que trouxeram, além das estampas, as técnicas têxteis artesanais. O tricot, que vai te aquecer contra a brisa do final da tarde, tem trama tipicamente arraigada à cultura de cada país. Bom exemplo é a nossa renda e crochê típicos do nordeste! As bijoux, feitas de miçangas e balangandãs com vida, também são extraídas do universo natural desses povos. O maxi colar – que continua – se não é barroco, é artesanal. O couro, o chamois e todo tipo de tecido conectado com o mundo animal/natural sobrevivem mais do que nunca, assim como essas culturas. Cor quente de pôr do sol na África e toques de neon oriundos das frutas cítricas. Aliás, se antes era a banana da Prada e o abacaxi de Stella, agora, a bola da vez é a pimenta da Dolce. As flores abandonam o lado do doce liberty e florescem para valer: grandes, coloridos e até cafonas, como o girassol de Miuccia.



É tudo de e da raiz: autêntico, verdadeiro e calliente. Pelo menos nós, brasileiros, estamos em casa!