sexta-feira, 29 de abril de 2011

Just Married

Kate com seu vestido de noiva : armação tomara-que-caia e renda aplicada ( fonte : globo.com )

É claro que não poderia faltar um post de última hora dedicado ao casório mais esperado do ano! Kate, a plebéia mais elegante do que muitas princesinhas por aí já causava euforia pela sua beleza, o que tornou a expectativa em volta do vestido de noiva ainda maior. Bom, foi o que eu esperava. Ao contrário do modelo ‘bolo-fofo’ e inovador para a época que sua sogra Princesa Diana usou na ocasião, Kate escolheu um modelo super clássico e já muito visto também. O vestido é assinado por Sarah Burton, sucessora de Alexander McQueen depois de sua morte. Foi uma escolha contraditória se analisarmos o estilo das lojas e modelos McQueen, que são super inovadores e com muitas referências grunges e rocker, bem ao estilo londrino (completamente diferente do que vimos hoje no modelo rendado e comportado). Kate foi esperta ao optar por uma estilista completamente inovadora INGLESA, o que torna a criação muito mais patriota! A parceria deu certo. Sem surpreender, mas também sem deslizes, o vestido transpareceu ser exatamente como a princesa: delicada, clássica e estonteantemente linda.O mesmo aconteceu com o vestido do jantar, assinado pela mesma Sarah e com o mesmo shape clássico e romântico (detalhe para o cinto de diamantes na cintura). O casaqueto de lã foi o responsável pelo toque moderno.
Vestido usado para o jantar de casamento : clássico e romântico como o da cerimônia. ( fonte: globo.com)
O que me impressionou de verdade não foi o fato de o casamento mobilizar milhões de pessoas, mas sim por ser capaz de mobilizar toda a indústria mundial, principalmente a da moda. Não é novidade que esse modelo de Sarah Burtom será o mais copiado de todos os tempos, e que as lojas faturarão bilhões com isso. Mas isso é venda certa. O que realmente me surpreendeu foi ver marcas como a tradicional New Balance apostarem em modelos de tênis especialmente desenvolvidos para o casório. Havia apenas 30 pares disponíveis, todos bordados á mão, e é claro, esgotados!


Tênis New Balance desenvolvido para o casório. (fonte: google imagem)

E a overdose de William e Kate também aterrisou em terras tupiniquins. Dizem por aí que a cópia do anel de noivado da princesa está completamente esgotada na Rua da Alfândega, camelódromo mais famoso do Rio de Janeiro. Eu só espero que os camelôs não tenham a cara de pau de copiar o vestido da princesa, seria um insulto ao falecido McQueen!

Anel de noivado (fonte: revista Contigo)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Coisa de cinema !


Le Lis Blanc em cartaz no cinema do RDB
Sala cheia para assitir ao desfile

A loja Le lis Blanc do Rio Design Barra promoveu ontem, quarta-feira, um encontro super especial para as suas clientes: um desfile-lançamento da coleção de inverno2011. O encontro aconteceu nas salas de cinema do shopping, o que tornou o desfile muito mais interessante. As clientes foram envolvidas pelo clima delicioso do making of da coleção que foi fotografada em Veneza seguida do desfile com as peças-chave. Além disso, elas foram presenteadas com o cheirinho da loja, para reviver a Le Lis dentro das suas próprias casas. Espertos, não?
Essa iniciativa da Le Lis Blanc representa perfeitamente o que o novo conceito do marketing de moda prega. O papel de uma marca hoje vai muito além de simplesmente vender roupas, elas precisam de fato proporcionar uma ‘experiência de consumo’. Isso significa que a cliente precisa se identificar com todo o conceito da marca, desde o seu aroma ambiente até o estilo das roupas. Precisa se sentir envolvida e tocada, e principalmente, precisa ter certeza que aquela peça foi desenvolvida especialmente para ela, pensada para atender as suas necessidades e desejos. Tarefa executada com perfeição pelo marketing da Le Lis.


Os clientes que esperavam ansiosos no lounge do cinema foram presenteados com o aroma da Le Lis.


Por ser uma grande rede com lojas ao estilo flagship, a Le Lis Blanc tem a vantagem de conseguir explorar dentro de suas coleções diversas referências e tendências. O visual merchandising da loja, desde a vitrine até a exposição dessas sub-coleções em blocos independentes, faz com que a cliente consiga organizar sua experiência de consumo. A cliente Le Lis pode entrar na loja e ainda assim se sentir dentro de mini lojas, cada sessão com estilos e abordagens diferentes: uma mais jovial, outra mais clássica, até mesmo a sessão infantil e de home. Não tem como não se sentir em casa MESMO.



Looks rústicos e etnicos no desfile.


Neste inverno a marca aposta no estilo college londrino que citei em um post da semana passada (aquele mesmo estilo proposto por Marc Jacobs). Além desse, as referências rústicas estão deliciosas (Chanel, lembram?): rendas pesadas, peles, batas com estampas étnicas e é claro MUITA onça.Essas prometem ser o carro-chefe da coleção para a estação. A alfaiataria e o jeans também estão imperdíveis, todos com beneficiamentos novos e shapes modernos.



Do desfile para as lojas.


Estava tudo muito bom, tudo muito bem, mas sabemos que muitas vezes essas campanhas de marketing não surtem os efeitos esperados (nada que afete a potência da Le Lis). E foi exatamente isso que eu fui conferir, muito mais do que a coleção em si. Não deu outra. A procissão de clientes tinha um só destino: do cinema direto ao segundo piso para conferir, e é claro, consumir as peças! Dito e feito, foi coisa de cinema.



p.s : Lembrando que o problema técnico com os 'comentários' já foi resolvido! Fiquem a vontade para me mandar sugestões e recados.Beijos, Carol!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Troca Troca

John Galliano ( fonte : google imagem )

Desde o desligamento de John Galliano da gigante Dior, uma avalanche de demissões atingiu o mundo da moda. Acusado de racismo em um restaurante francês por um casal de judeus, Galliano foi detido pela polícia e internado em uma clínica de reabilitação para alcoólatras. A Dior se pronunciou e disse que o estilista está afastado do cargo de diretor criativo até que toda essa confusão seja esclarecida pela polícia. Mas essa é notícia passada. Essa semana foi a vez dos estilistas da marca italiana Gianfranco Ferré, Tommaso Aquilano e Roberto Rimondi, serem retirados do cargo. A dupla estava no comando criativo da marca desde 2008, mas desde que o Paris Group assumiu o comando da grife em fevereiro desse ano, as mudanças começaram a acontecer. Acusados de criarem roupas pouco comerciais e com custo altíssimo, a dupla de criadores foi afastada do cargo.
Dupla de estilistas no backstage do desfile ( fonte : Getty Images Europe )

O estilista Cédric Charlier da Cloé não renovará seu contrato com a grife que expira em outubro, conseqüentemente quando acontecerá seu desligamento da marca. Ele resgatou o ready-to-wear feminino da Cloé e voltou a desfilar a coleção na semana de moda de Paris, acarretando numa grande visibilidade para a marca.
E não para por aí, a onda negra de despensas atingiu até a requisitadíssima Balmain. Christophe Decarnin, diretor criativo da marca e responsável pela incrível retomada da grife nas últimas coleções foi demitido depois de não aparecer para o desfile de inverno 2011. Isso porque o estilista alega ter problemas mentais graves, além de ter se internado em um hospício enquanto o tal desfile de inverno acontecia.
Decarnin ( fonte : google imagem )

Fofocas do meio a parte, vamos à análise que realmente interessa. Desde a recessão mundial em 2008 que as grandes grifes de luxo tentam driblá-la e buscam saídas para tal. Uma dessas saídas foi justamente apelar para novos estilistas e investir em inovação, mas parece que os mesmos que ganharam tais oportunidades têm as desperdiçado, ou as novas políticas de venda não tem sido facilmente aceitas por quem está por trás das criações. O mercado mudou e a estratégia de tais marcas também, e isso é um fato que pode ser comprovado com a vinda de inúmeras marcas luxuosas para o Brasil, um mercado novo mas muito promissor. Ganham as consumidoras brasileiras, perdem seus maridos milionários!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Logomarca !

Trés chique! A logomarca do blog caCOOL acabou de sair do forno, é só conferir no alto da página.O que acharam ? Conto com a opinião e sugestão das leitoras através dos nossos 'comentários' abaixo. Ela foi desenvolvida cuidadosamente para transmitir o que o blog representa: moderninade, elegância e sofisticação. Um agradecimento especial ao Cristian Faxola que a desenvolveu junto à minha supervisão!

Do coelho à onça !

Editoriais selvagens !

Depois da páscoa, vamos migrar do coelho à onça! Não é de hoje que as estampas animais marcam presença no guarda roupa feminino, porém, neste inverno elas ganharam ainda mais força. Essas estampas sempre ficaram no limite entre o ‘chique’ e o ‘cafona’, e também sempre causaram muita polêmica ao se julgar o que é sinônimo de elegância e o que é ‘over’. Boas novas! A discussão definitivamente virou passado e pode-se dizer indiscutivelmente que a moda está passando por uma OVERdose animal.Isso porque, além do print de onça, as zebras,cobras e principalmente os leopardos, estão soltos de vez! Quando falei da onda rústica que inspirou o inverno2011 no post anterior, me referi exatamente ao mix de etnias que resultou nesse grande caldeirão selvagem. Isso quer dizer que além dos prints animais estarem em alta e terem se deslocado para lugares mais interessantes, ainda tornou-se válido misturá-los.


Look Balmain e Hermés


                 O emprego das estampas animais ao vestuário feminino não é novidade para os olhos das consumidoras, que a propósito estão consumindo-as (e muito!) há mais ou menos 4 estações. Já que moda na prática é consumo, as marcas mergulharam nesse zoológico e reinventaram esses prints. Eles que antes podiam ser encontrados exclusivamente nas suas formas originais, hoje podem ser vistos em diversas releituras, principalmente de cor e textura. Por exemplo: a onça desse inverno pode ser rosa e não necessariamente felpuda, com o motivo grande ou minúsculo. Mas isso não quer dizer que a estamparia clássica animal não seja tendência, pelo ao contrário, todas essas estão aí, basta você saber escolher! Uma ótima saída para aquelas que ainda não usam e abusam desse tipo de estamparia é consumi-las de outras maneiras. Vale à pena conferir e/ou adquirir os acessórios estampados (sejam eles bolsas, sapatos e pashiminas), e misturá-los à looks mais neutros. Assim, você alcançará um visual menos excessivo e mais discreto.
Mix de Prints



Vamos a alguns queridinhos:
O casaco com estampa de leopardo e correntes (e a tal da calça vermelha também!) virou hit de inverno logo depois que Kate Moss o vestiu em um editorial para a Vogue inglesa em setembro de 2010, ou seja, assim que as tendências de inverno estavam saindo quentinhas do forno. O shape do casaco têm variado bastante, seja um trench coach,um casaqueto de tricô, blazer ou terninho.Estão todos aí.


Kate Moss para Vogue UK



A bolsa Mulberry é a sensação européia e infelizmente só quem tem oportunidade de viajar pode ter acesso (à lista de espera, é claro!). Para os menos exigentes e afortunados, as lojas de fast fashion como a Zara estão fabricando-as a todo vapor, e o mais importante, com preços acessíveis!
No caso do abotinado da Miu Miu, a Mr. Cat lançou um ‘modelo inspiração’ que chegou às lojas essa semana. Mas não é difícil entender como marcas globais e luxuosas conseguiram se adequar a essa tendência, pode-se dizer que os animals prints já estão entranhados em seus DNAs, já que sua consumidora deseja exatamente o que a onça representa: poder. E é aí que a leitura moderna e urbana da Nike me encanta. O tênis de cano alto foi especialmente desenvolvido para as consumidoras mais antenadas e ousadas da marca, e conseguiu agregar personalidade dupla ao calçado. Hoje vivemos em meio a um turbilhão de informações, o que me faz pensar que de repente o público-alvo ‘especial’ da Nike também seja o Mulberry, e vice e versa, sem fugir de suas propostas. Talvez as mesmas que ouvem Jay-Z e andem de cano alto em NY inspiradas pela cultura urbana, entrem em sites de moda e tendência e almejem a elegância européia. Ou simplesmente esse tênis seja o sonho de qualquer mulher que deseja unir conforto à feminilidade. É esse turbilhão que dificulta, e muito, as criações e adaptações das marcas. Hoje nada é mais ‘pão pão queijo queijo’, cada peça precisa ser pensada e estrategicamente desenvolvida para determinado público. Hoje somos mulheres globalizadas e que sabemos o que queremos. Eu quero ser surpreendida. Obrigada, Nike!

 Nike Fashion

p.s: eu já tenho o meu!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

'Quando o inverno chegar...'



Já que iniciei as análises e inverno 2011 no último post, achei melhor conitunar a dissecá-las de vez! Falo isso porque acabo de voltar de Paris aonde o foco da pesquisa já era a próxima estação, ou seja, o verão2012. Muitas pessoas me perguntam e não entendem como acontece a ‘timeline’ da moda para nós brasileiros. Então vou dar uma breve explicação: enquanto no Brasil é inverno, na Europa e EUA é verão, e vice e versa. Por isso, estamos sempre uma estação atrasada dos grandes pólos de moda, ou seja, eles lançam sempre a coleção que futuramente nos servirá de inspiração e pesquisa de tendências. Por exemplo, estamos lançando o nosso inverno em março/abril de 2011, os grandes pólos lançaram em meados de novembro de 2010. Com isso, durantes esses meses de diferença aproveitamos para pesquisar e preparar a coleção até a sua fase final, que é aonde você, consumidora, vai poder vê-la de fato ! É um pouquinho/muito complicado, eu sei. Mas o que vale ressaltar é que a moda se encontra num dinamismo tão intenso que muitas marcas daqui se atrapalham com o cronograma. Por isso, organização é fundamental para aqueles que querem sair na frente.

Explicações à parte, vamos ao que interessa! O inverno 2011 está com uma cara nômade, ou seja, são tantas as misturas de referências e estampas que até parece que ele viajou o mundo, principalmente o hemisfério norte, para chegar aonde chegou.Um pouco mais pesado dos que os anteriores, esse inverno fez as marcas brasileiras quebrarem a cabeça para adaptar  tal peças ao nosso clima.Houve e sempre há uma saída ! As passarelas e editoriais apontavam um inverno quase glacial, iteralmente! As inspirações vinham dos povos nórdicos e dos esquimós como as coleções da Burberry e Chanel  respectivamente, nas imagens abaixo.Além dessas, o militarismo ainda continua em alta, mas desta vez se restringe em especial à aeronáutica.O estilo aviador foi uma grande fonte de inspiração.


A mistura de referências étnicas e regionais acrescentam à estação uma faceta rústica.Maxi pulls e tricões envolventes nos confortam com peças extremamente confortáveis. Podemos conferir a adaptação da loja de fast fashion H&M (queridinha para pesquisas!) sobre essas referências. Mais uma vez a migração ‘passarela X vitrine’ na qual já havia falado está aí para nos provar o quanto as grandes marcas ditam as tendências mundiais. É só dar uma voltinha no shopping para se certificar!


Outro hit invernal, se é que podemos de chamar de hit do momento, são as estampas animais. Sempre requisitadas e em alta há quatro estações, o print de leopardo, cobra e zebra  está mais reinventado do que nunca com texturas e cores diferentes.Adoro o deslocamento desses prints para a parte de acessórios.Mas depois falamos disso, isso é papo para sexta-feira. O próximo post será dedicado à essa mania animal ! Confiram amanhã !

quarta-feira, 20 de abril de 2011

"A Garota da Capa Vermelha "



Tradução estranha que foi feita para o título do filme que conta a história da 'Chapéuzinho Vermelho' , né ? Mas enfim, vamos ao que interessa ! Vocês puderam conferir o trailer em primeira mão do filme-sensação no post anterior, e 'coincidentemente' esta manhã ao pesquisar pelos meus favoritos dei de cara com uma matéria na Vogue francesa sobre o assunto.Nela os looks da Amanda Seyfried , intérprete da Chapeuzinho, foram analizados pelos especialistas.Achei legal dividir com vocês e quebrar o meu gelo de ‘1 post por dia’ !A Amanda consegue colocar/misturar em seus looks uma pitada de classe que sempre vem acompanhada de ousadia.O mix de peças clássicas + vanguarda compoem um visual moderno e inteligente, e fazem um contraponto interessante com a figura suavemente delicada da Amanda.Além disso, ela quebra perfeitamente essa imagem frágil quando opta por looks sexys (na medida!).Vamos conferir ? É só clicar no link ' Vogue France '.


                                                                 Vogue France

Gancho Vermelho !

O post anterior ‘ Tapete Vermelho ‘ me fez refletir muito, como previsto.E me dei conta de que esse tema dá muito pano para manga! Por isso, resolvi fazer um gancho inevitável: um post todo especial para a cor que está presente em praticamente todas as cartelas do inverno 2011!

O vermelho sempre foi sinônimo de sensualidade e feminilidade, mas obviedades à parte, a cor que andava um pouco esquecida na cartela de cores das últimas estações voltou a rondar nossos olhares no último verão, mas só engrenou de fato nesse inverno. E pelo o que os meus olhos e vitrines indicam na viagem de pesquisa à Paris este mês, continuará no próximo verão com toda força (fica a dica!). Enfim, o vermelho voltou e ninguém pode negar! Repaginado, é claro. Há quem continue a empregá-lo naquele mesmo contexto de mulher sedutora, mas como a moda e os grandes criadores estão aí para nos surpreender e nos fazer repensar de maneira inovadora, nessa temporada o ‘vermelho’ fugiu do óbvio. Ufa! Em vez de vestidos decotados e mínis, podemos encontrá-lo em ternos com shapes renovados e em peças com um toque masculino como fez o Givenchy. O shape mais clássico do Marc by Marc, mas não menos rebelde, encaixa perfeitamente na proposta college/grunge londrina que Marc Jacobs se aprofundou. Ainda sim, meu preferido é o maxi-casaco sugerido pelo Yigal Azrouel. Vamos analisá-lo ? A peça está cheia de informações e opostos por trás dos panos. O shape do casaco pontua uma proposta SUPER moderna, mas que é suavizada exatamente pela escolha da cor. Ele não seria tão interessante se não juntasse esses dois oposto: a modelagem moderníssima com uma cor tão clássica e vintage. O minimalismo também é quebrado pelo tom forte de vermelho, exagerado. Contrário do que prega essa onda mínimal. E é claro, apesar de ser um shape esportivo/urbano, ele não fica mais elegante e chique nesse tom? Adoro a modelagem desconstruída por zíperes! Além disso, outra vertente é associar o vermelho a uma imagem mais romântica e delicada, como no trench coat do Tommy Hilfiger, incrementado com laços e com o comprimento acima do joelho (ver looks na imagem acima). 
Muito mais interessante, e mil vezes mais elegante, o vermelho perde qualquer rótulo de vulgaridade quando colocado de maneira inovadora, aí estão todos os exemplos como prova!


Os tons variam de vermelho-sangue (quase alaranjado) ao vinho, sem medo! O interessante também é acompanhar esse processo de migração e adaptação ‘passarela X vitrines’, como por exemplo, o caso da calça vermelha. Ela hoje virou um hit da estação e já pode ser encontrada em diversas lojas, mas precisou de certo tempo para que as pessoas se arriscassem e a aceitassem. O mesmo ocorreu com o batom vermelho, que está estampado em todos os editoriais de moda e beleza atuais, hoje alguns já arriscam o seu uso, tendência capciosa que voltou junto ao estilo ladylike proposto pela Louis Vuitton na campanha de fall2010.


Como prometi não falar simplesmente das tendências, mas sim o que está por trás delas, vale uma reflexão: será que essa onda vermelha é uma ratificação da febre juvenil ‘Crepúsculo’ e vampiresca que invadiu o mundo? Ou será uma conseqüência desta? Quem inspirou quem, hein? E vem mais overdose vermelha por aí, o filme da história ‘A Chapeuzinho Vermelho’ estréia já já! E adivinhem quem é a diretora? Catherine Hardwicke. Isso mesmo, a mesma de Crepúsculo. E vivam as coincidências!


p.s : Confiram o trailer do filme !

terça-feira, 19 de abril de 2011

Tapete Vermelho

Hoje é noite de estréia: estréia do blog, estréia de novos horizontes, estréia de diferentes motivações! Por isso, nada melhor do que estender o tapete vermelho para inspirar o caCOOL´ nessa novíssima empreitada.
Em primeira mão, vou contar/dividir com vocês o ‘por que’ do blog e o que pretendo discutir nesse espaço. A idéia nasceu espontaneamente, como tudo o que me envolve (os amigos sabem exatamente do que eu falo). Me formei em Design de Moda pela UVA aqui no Rio, e como todos os amigos sabem também , apesar de meu projeto-final ter sido um super sucesso, nada pintou até agora. Sim, o mercado de moda é dificílimo, e pouco profissional! Sou inquieta, curiosa, e com MUITA sede de trabalho, por isso, é óbvio, não conseguiria ficar parada com tantas coisas acontecendo ao meu redor. Foi simples assim. Por isso criei esse espaço, que é meu, mas também seu, para dividirmos, trocarmos e compartilharmos experiências de arte. (Taí o ‘por que’.)
O mais importante dessa confusão toda é deixar bem claro o que EU penso sobre moda, o que é moda para mim, porque isso fatalmente vai se traduzir nos meus posts (prometo tentar fazê-los diariamente). Então, aproveite para saber se se identifica ou não! Não estou aqui para falar de futilidades, aliás, temos que parar com essa hipocrisia de resumir moda à futilidade. Moda é simplesmente comportamento. O que pensamos, valorizamos e acreditamos está mascarado pelas roupas que usamos. Desde que se vestir se tornou uma necessidade, as pessoas escolhem criteriosamente o que vão vestir, pois essa é uma forma de expressão, uma forma criativa. Nada mais, nada menos do que interpretar o outro. E não é de hoje. Por isso aqui também vamos falar, e MUITO, sobre história e cultura, todos de mãos-dadas com a moda. O mais fascinante, e o que de fato me instiga é traduzir tudo isso para uma moda comercial. Pensa comigo: se compramos o que desejamos, logo, a lojinha ‘fulana’ precisa me desvendar, me virar de cabo a rabo, precisa entender as minhas necessidades e desejos, e invariavelmente meu ‘lifestyle’. Não, moda não é futilidade! E para os que estão achando esse papo muito cabeça, aí fica a segunda dica do dia: a moda é uma indústria ! E fatura bilhões por ano, isso é um fato. Por isso, não é inteligentemente inteligente subestimar a ‘moda’. Aquele papo de quê “Eu não sigo a moda e detesto essa ditadura de tendência” é pura estupidez dos que se dizem os mais filosóficos e intelectuais. Esses, de repente, não saibam a grandeza de serem os próprios formadores de opinião. A vanguarda na essência, que daqui há 5 anos todos estarão apontando como tendência do momento ! É um ciclo. Curioso e gostoso. Por isso, aqui no blog vamos tentar descobrir essas tendências-embrião, que ainda nem nasceram, e as que já dominaram as ruas. Vamos falar de mercado e inspiração, do dinheiro e da poesia. Esses dois andam lado a lado e muitos não sabem! Vamos falar de moda como um todo, não ‘moda=produto’, pois essa é só uma faceta da moda. Vamos falar da moda que mexe com o nosso emocional e auto-estima, da moda ‘marketeira’, da moda comportamental, da moda conceitual, da moda comercial, da moda industrial, mas principalmente, da moda inspiracional. Referências e inspirações não faltarão aqui para tornar o seu e o meu dia mais leve, mais colorido, mais reflexivo. Porque por trás dos que consomem moda, existem aqueles que pensam moda! Aí o buraco é mais em baixo.