quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Tendência de verão : Color Blocking






No último post falei sobre as influências artísticas de Pierre Cardin e como o próprio influenciou as artes também. O estilo art déco foi um dos principais parceiros do estilista na sua carreira: looks geométricos, linhas retas e o minimalismo davam o ar futurista às peças do designer. Bom, já sabemos que a moda é assim: nada se cria e tudo é ‘releitura’. E depois da Gucci, Prada e Marc Jacobs se inspirarem nessa vertente, é claro que elas estão de volta! O conceito ‘color block’ está sendo apontado como a principal tendência para o verão 2012 (algumas revistas brasileiras adiantaram a tendência para o nosso inverno), e é venda certa no Brasil já que o clima tropical combina perfeitamente com essa miscelânea de cores.


Looks coloridos e minimalistas de Pierre Cardin (fonte:google)


Inspiração Art Déco : geometria e cores. ( fonte:google)

 A tendência ‘color block’ prega exatamente a mistura das cores primárias e secundárias, bem ao estilo Cardin, para criar looks inteiros com cores fortes. Em contraponto a isso, os estilistas precisaram segurar o freio no shape das peças, ou seja, se a cor já é forte demais o modelo da roupa ganha um toque mínimal. Podemos assim, alcançar um equilíbrio estético e nos livrar do medo de errar a medida, nada demais e nem de menos.

Looks do desfile da Gucci verão2012. ( fonte:style.com)


Vale lembrar que o que é desfilado na passarela é interpretado como conceito, tirando raríssimas exceções. Por isso é natural acharmos os looks de desfile muito montados e escandalosos, mas dalí saem de fato os principais modismos da estação. As idéias dos estilistas são interpretadas e reeditadas em peças comercias, aí sim, o que o consumidor vai achar nas araras. A Zara sempre faz essa viagem com perfeição: capta a aura dos desfiles e a interpreta em roupas que todos têm vontade de vestir. O lookbook desse mês tem como tema central a super tendência das cores num só look, o stylist impecavelmente clean mostra exatamente como devemos usar (de maneira inteligente) os blocos de cores: peças secas e sem informações extras, como por exemplo, bordados, aplicações e estampas exageradas.

Gucci, Prada, Louis Vuitton e Jil Sander - desfiles verão2012. (fonte:style.com)


Lookbook Zara Abril

E existem aquelas tendências que saem das passarelas direto para as lojas, sem adaptação alguma : foi o caso da listras coloridas da Prada, que podemos ver no terceiro look da Zara acima, mas isso é assunto para amanhã. Uma quarta bem colorida para todos !


( post publicado em 05/05 )

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Olha a cobra ! NÃO é mentira !





Já que o verão só está chegando de fato agora e as coleções idem, resolvi fazer uma retrospectiva das principais tendências com os posts de abril/maio, aonde eu adiantei a maioria delas. Vamos a primeira:





Campanha Roberto Cavalli Spring 2011
Quanto mais ansiosa eu sou, mas os leitores do blog se dão bem! Nessa onda animal que mergulhei ontem, não consegui me limitar só às tendências de inverno e vou revelar em primeira mão o animalprint sensação para o próximo verão: a python. Estampada em todos os editoriais e listas ‘must have’ do mundo, a estampa de cobra ressurge atrelada a todas as outras estampas animais que já citei no post anterior e ganhou foco depois que alguns dos grandes desfiles do circuito a colocaram em lugar de destaque, como o Roberto Cavalli e a Louis Vuitton,do queridinho Marc Jacobs. A interpretação das duas grandes marcas são bem diferentes apesar de abordarem o mesmo assunto: enquanto Cavalli veste a coleção da cabeça aos pés com o print, Marc Jacobs o aplica de maneira delicada e não menos imponente nas bolsas-carteiras tão desejadas.Já a Burberry ainda aposta no mix selvagem, aquele mesmo do inverno mas uma releitura mais fresh. O vestidinho e a carteira de cor cítrica quebram o look do casaco um pouco pesado para os brasileiros, mas super usável no verão europeu.
Campanha Louis Vuitton Spring 2011 e desfile Burberry


Fiz questão de mexer em meus arquivos da viagem para mostrar à vocês o quão divulgada está sendo essa tendência. Um dia desses em Paris, ao esperar o trem para uma próxima cidade, fui à banca de jornal e comprei a Vogue de março. Ao folhear a revista, uma matéria me chamou atenção em meio a tantas propagandas: 6 páginas dedicadas à essa pauta. Nela, muitas fotos e referências da estampa que está sendo apontada como o hit do verão. Separei minhas duas preferidas e escanneei especialmente para esse post!


Vogue Paris Março/2011
Mais uma vez, a Zara e diversas lojas de fast fashion se anteciparam. Em toda Europa já é possível encontrar algumas peças nas araras com aqueles preçinhos camaradas. O mais legal dessas grandes redes, que como o próprio nome diz tem como objetivo ser ‘fast’ na migração ‘passarela x vitrines ‘, é que enquanto a tendência ainda está nascendo e ganhando corpo, elas já a estão vendendo. Estratégia maravilhosa para abocanhar as consumidoras fashionistas! E não se assuste se você for a uma das lojas da marca aqui no Rio e encontrar as tais peças no nosso hemisfério, elas continuam chegando com pouquíssimo atraso no nosso país. Que ‘COmPIAtência ‘!


Lookbook Zara Abril


Confiram o video do desfile do Roberto Cavalli no link a baixo.Vale a pena !

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Tendência de verão : Pin-up









No clima ‘mulherzinha’ do post de ontem sobre a nova campanha da Diet Coke repleta de feminilidade, resolvi dividir com vocês um editorial fresquinho da Vogue Itália. Além da semelhança no conceito dos dois posts - vale à pena destacar que foi nessa mesma revista Vogue de agosto que eu me deparei com a linda campanha da Coca, ou seja, tá tudo em casa! – o assunto está presente não só nas tendências, mas em uma constante briga da mulher contemporânea em não deixar de lado o seu lado ‘famme fatale’ adormecer diante de tantas ambições.


Desde o verão passado que o clima retrô da pin-ups invadiu as passarelas, e conseqüentemente as vitrines do mundo todo, mas foi no verão 2012 que a tendência se solidificou de fato. Shape feminino com cintura marcada e saia rodada ao estilo New Look de Dior, estampas tradicionais como o pois e o xadrez vichy, calça cigarrete, lenços esvoaçantes e todos esses ícones da década de 50 e das estrelas hollywoodianas serviram de referência para a estação. A verdade é que o retorno do estilo ladylike representa também o retorno do clássico (nessa estação, sempre em contraponto à onda mínimal e natureba), assim como foi nos Anos 50. O que a história nos prova é que depois da onda de racionamento de tecidos e até mesmo ausência de sofisticação em conseqüência dos horrores da Segunda Guerra Mundial em 1945, a década foi marcada por esse resgate da feminilidade, e que reafirmava a mulher como símbolo de beleza. E porque não sexual? As pin-ups eram representadas em imagens de mulheres sexys  e funcionavam como sex symbol para os soldados carentes durante a guerra. Eles penduravam posters em seus armários e idealizavam aquela mulher idealizada. Pois foi exatamente o que eles encontraram ao voltar para casa no pós-guerra: exímias donas de casa, pintadas em make impecável e saias rodadas.







Para o nosso real verão caem os estereótipos e ficam as sutis referências românticas e femininas, sempre trabalhadas com um toque de tropicalismo e cor. Looks com pegada vintage, porém simultaneamente superatuais é o que pude constatar nesse editorial a Vogue Itália. Dicas e referências para aplicar aqui e já, até porque, o calor de Roma também gira em torno dos 40 graus como o carioca !














' Love it light '







A Coca-Cola é mestra em surpreender e cativar seus consumidores, não é a toa que a empresa represente excelência em ações de marketing e está em quarto lugar na classificação das dez marcas mais populares e valiosas do mercado. Por trás de um marketing avassalador, campanhas irresistíveis surgem constantemente para reconquistar seus consumidores fiéis. Foi exatamente isso que pensei quando há um ano mais ou menos, a Diet Coke - para nós a familiar Coca-Cola Light - criou parcerias fashions para associar o seu produto a tudo o que é inovador, sofisticado e rodeado de criatividade (teve até linha de esmaltes!). O principal parceiro da Coca nessa empreitada foi o designer Karl Lagerfeld, diretor criativo da Chanel e mil e uma funções quando o assunto é arte. Sr. Lagerfeld foi encarregado de criar garrafas estilizadas que rapidamente se tornaram objeto-desejo entre os amantes do design criativo em 2010, e devido ao imenso sucesso da campanha, a Coca-Cola resolveu investir à vera nesse conceito cool.





 Além da contínua união com o estilista, a marca lançou uma campanha tentadora pela Europa em março/abril, mas que ganhou corpo agora e está ‘bombando’ nas Vogues da vida. Intitulada de ‘Love is light’, os comerciais e propagandas impressas são estreladas por três lindas bonecas marionetes (alguém além de mim pensou em duplo sentido?) fashionistas que trabalham em uma top fashion magazine. O mais legal da divertida reprodução do nosso universo é que as ‘três moçinhas elegantes’ desejam mais do que tudo a sua deliciosa Diet Coke no final de um longo e criativo dia de trabalho – qualquer semelhança com o mundo real é mera coincidência, hein. Por trás da fofura, muita sacação: desde a histórica obsessão pela beleza e um shape em dia da galerinha da moda, passando pelo lazer de um bom dia de shopping com as amigas, e que chega até a um conceito mais complexo sobre a essência que envolve, move e inspira a moda: o design. Tudo com inteligência! Bom, se a intenção era manipular as fashionistas como o trio de marionetes é manipulado, a Coca-Cola conseguiu – como todo bom marketing que se preze.  Mas isso é novidade? É Luxo!







DICA : Galerinha, vale a pena perder 5 minutos do seu dia para assistir aos comerciais. Garanto que o dia de vocês vai ser mais feliz e gostoso a partir dele !










segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Rolé COOL - Ateen - verão 2012





Em mais uma viagem pelas coleções de verão 2012, fomos até a loja da Ateen no Shopping Fashion Mall conhecer as novidades do verão da marca. Já adianto que a coleção está tentadora e com um mix de produtos invejável, desde as batas de seda estampadas e as mini saias bordadas, até as bolsas e peças básicas (que no caso da Ateen, sempre surgem carregadas de uma bossa cool e sofisticada). Além de conferi-la, também preparamos uma entrevista ‘daquelas’ com a gerente Vivi Nigri, aonde ela nos conta quais são as peças-chave e peças-desejo (que, acreditem se quiser, já tem fila de espera!) dessa coleção. Pensando em vocês, o caCOOL TV entra em cena em grande estilo: há mais duas novidades no nosso vídeo teaser! A primeira é uma seleção de looks montados por mim e pela Vivi aonde vocês podem se inspirar e pegar dicas de styling com as peças da Ateen. São 6 produções tentadoras baseadas em color blockings, referências 70´s como calça flair e vestido longo, vestidos frescos e estampas do tipo ‘ tem que ter’. A outra surpresa é que além da gerente Vivi,  o nosso bate-papo conta com uma participação extra. Convidamos uma cliente especial da marca para interagir conosco e contar a sua experiência com a nova coleção, a Bruna Tupinambá.
Confiram também o vídeo do lookbook e campanha da Ateen!


                                                                 www.ateen.com.br

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Balde de água fria ?








Sim, deve haver uma logística ferrenha dentro das marcas que vendem roupas a baixo preço, em larga quantidade e na velocidade da luz! Isso é fato. Por trás dessa receita de sucesso, é inevitável que haja uma mão-de-obra barata e abundante, até porque, o termo no qual estamos lidando aqui é ‘fast fashion’: roupa pronta para ser consumida assim que as tendências saem das passarelas. Basta olharmos as etiquetinhas internas de qualquer peça da Zara: made in China, Taiwan, Singapura. E porque não Brasil? Calma gente, ainda somos um país em desenvolvimento e com fortes dificuldades de importação, por isso, produzir aqui é mais que natural! Bom, são nesses países emergentes e com baixo custo de produção que as principais confecções e fornecedores se instalam - já que essa ‘receita’ é exigência para que o preço final seja aquele do tipo ‘tentador’ dos quais nós conhecemos muito bem. Produz-se barato para se vender barato (claro que sempre em comparação aos mercados de luxo). A idéia é um luxo palpável, moda globalizada consumível (acabei de inventar essa palavra!). Nessa atmosfera voraz e dinâmica, alguém aí tem alguma dúvida de que esses trabalhadores exercem o seu trabalho em situações precárias, quase que em ‘semi-escravidão’? Alguém ainda achou que isso não acontecia por aqui no Brasil? Alguém acha que só a Zara trabalha dessa maneira? Balde de água fria!


O tema é complicado e polêmico, e longe de mim, querer defender ou até mesmo justificar a posição da Inditex (empresa responsável pelo grupo Zara). Mas a realidade é que muitas vezes as empresas contratantes não têm conhecimento do que se passa nas confecções terceirizadas. Porque elas são realmente terceirizadas! Ou então, como seria possível uma empresa da grandeza da Zara controlar toda a sua produção? Inviabilidades a parte, é assim que acontece. E foi o que alegou a empresa em nota, disse não ter conhecimento das tais condições ‘semi-escravas’ de trabalho no cafofo em SP e enfatizou que já tomou providencias junto à confecção em questão. Não tira a responsabilidade da Zara, que como maior rede de fast fashion do mundo, não pode se ausentar de suas responsabilidades sociais. Não pode ser fachada!


Mas a verdade precisa ser dita, e é o que eu venho tentando fazer a quatro meses desde a criação do blog. Venho tentando legitimar a moda como uma indústria (por mais decepcionante que isso seja), que gera bilhões e que se enquadra dentro dos consumos necessário e desnecessário também. Tal dimensão só aumentou a importância econômica da industria têxtil e do varejo de moda. E o que é obvio, é que como qualquer capitalismo desenfreado, a moda também carrega com ela manchas feias. Oriunda de um capitalismo selvagem - e se é selvagem, não há condição humana de trabalho – é assim que é na indústria da moda.


Se assim é, assim será. Não se choquem, esse é só mais um capítulo feio de uma novela que se arrasta há tempos, mas que felizmente chegou ao alcance de todos os telespectadores. Com pé no chão, vamos esperar as cenas do próximo capítulo. Enquanto isso, ficamos com a vídeo teaser da nova campanha de inverno 2012 da Zara jovem TRF. Esse sim, um capítulo bonito!







Inspiração do Dia





terça-feira, 16 de agosto de 2011

Dica de Compras : Chamois II






Não levou fé no chamois como um dos principais tecidos da temporada? Pois leve! Essa verdade é tão verdade que as referências e peças do tecido não couberam em um post só. Por isso, aqui está ele de novo. Nessa segunda dica de compras, unimos duas marcas que tem muito em comum: o apelo jovem e a adoração das meninas cools. Mas até aí há diferença: uma é da capital Paulista e outra cria do Rio : 284 e Agilitá Fabulous, respectivamente. É natural acharmos que essa diferença local tenha algum reflexo nas coleções dessas duas marcas, já que o estilo das jovens é bem diferente no eixo RIO-SP. Mas se essas oposições se desenham, é quase imperceptível!  A verdade é que 284 e a Agilitá Fabulous se encontram lá na frente, de alguma maneira (ou até invertidas). A 284 incorpora um lifestyle um pouco menos urbano e mais despojado do que as paulistas hiper chiques estão acostumadas. Já a Agilitá Fabulous, tem a proposta exatamente de somar essa sofisticação à menina carioca, menos praia e mais glamurosa. O resultado dessas duas ‘adaptações’ é quase que uma uniformidade nos looks chamois: longos, batas/vestidos e jaqueta perfecto. Aqueles curingas que eu citei no post de ontem, e que aparecem sempre pontuados em peças ‘com presença’. A 284 aposta em um lookbook com referências boho e looks mergulhados inteiramente nessa vertente, a Fabulous aposta em looks mais clean e nem por isso com menos DNA rural. Até porque, chamois que é chamois está carregado automaticamente dessa referência!


 Depois de conferir as peças-desejo, a sensação que eu tive é que eu poderia encontrar todas essas peças em ambas as lojas. Aliás, a 284 está bem mais carioca e a Agilitá Fabulous com um ‘quê’ de SP. Confusão boa!

Beijos, Carol Gama.


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dica de Compras : Chamois



Ainda na onda seventies que invadiu o blog semana passada através do post ' O mundo quer festival ! ', resolvi pautar outra tendência bastante forte para o verão 2012 que migrou do inverno exatamente em conseqüência da forte influência da década hippie chic e de suas vertentes na estação do calor. O chamois é um tecido muito parecido com a pele de camurça e tem como característica o toque aveludado e molengo, porém, como a maioria dos tecidos derivados do couro de animais, ele é comercializado e desenvolvido sinteticamente nos dias de hoje. Termos técnicos a parte, o que interessa dizer mesmo é que a ascensão do tecido se estabeleceu no inverno passado (estação bem mais típica para o seu uso) embalado naquela tendência folk das florestas sombrias e do clima nômade de homens das cavernas. No verão é diferente: o tecido ressurge de mãos dadas à década de 70 e às referências boho. O que no final das contas, é a mesma coisa: tudo do campo, natural e com ar rústico.


A maioria das marcas já tem (ou terão) peças de chamois nas suas araras – a boa e velha ditadura das tendências-ícone. E não há só essa ‘coincidência’!  Vocês podem perceber no Guia de Compras que o tecido é abordado quase que com soberania em saias ou shorts, isso porque o chamois é um material diferenciado e carrega diversas informações extras. A verdade é que ele aparece sempre pontuado: ou em bottons, ou em jaquetas, ou em acessórios (aí entram as franjas também).
Então, lá vão as dicas: mixá-lo a peças brancas ou nude é fresco e certeiro, como na Espaço FashionMixed e Bob Store. Gosto muito dos looks que agregam várias referências boho, e nesse caso, o branco pode estar em rendas, crochês e hadmades em geral. Outra opção é compor looks mais contemporâneos, aí basta você trabalhar peças ‘night’, tons urbanos como o preto e outros tipos de bordado como no lookbook da NK STORE. Como na maioria das vezes o chamois é explorado em seu tom natural de camelo ou marrom, vale também misturá-lo a tons fontes, montando assim um ‘color blocking cidade-campo’ como na Maria Filó e Basthianna (Alô, Azul Klein!).
E vale uma ressalva: o chamois ainda continua no inverno que vem. Pode apostar, literalmente!


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dia dos Pais - guia de compras/estilo




O Dia dos Pais está aí, e para aqueles que acham que presenteá-los é uma tarefa difícil, o shopping Fashion Mall preparou um guia de estilo repleto de dicas de compras para essa data especial. A revista chegou hoje a minha casa e eu logo a conferi a fim de dividir com vocês essa ajuda tão bem-vinda. Bom, gostei e xeroquei os looks propostos, que aliás, estão divididos por estilos (para facilitar ainda mais a nossa vida) : moderno, esportista, casual-chic, sofisticado, clássico e estiloso. A proposta é simples: enxergue o estilo do seu pai e as sugestões estarão ali, com preço e tudo mais. Mas apesar dos estilos facetados, há realmente algo em comum entre eles. Algo que o Fashion Mall tem vestido a camisa desde a sua reformulação: o lifestyle carioca. Foi com esse intuído, de celebrar o ‘menino do Rio’, que o shopping desenvolveu o ‘guia de estilo para homens, inspirado na essência carioca’. Curti! Aliás, vale o meu ‘alô’ para a equipe de marketing do Fashion Mall que, de fato, está fazendo campanhas deliciosas para atrair o seu consumidor que por algumas vezes andou sumido dos corredores ao ar livre: desde os brindes e serviços exclusivos do Fashion Prime, até a reafirmação do espaço como principal shopping no quesito charme e sofisticação. Curti duas vezes!









quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O mundo quer festival !



Na onda do resgate do clima folk e do estilo de vida campestre, alguns festivais de música ressurgiram mundo a fora com essa estética e intuito. Um ótimo exemplo é o Field Day, que aconteceu dia 8 de agosto no Victoria Park em Londres e que já está na sua quinta edição (com sucesso!). O evento foi criado despretensiosamente por uma dupla de amigos e visava reviver e celebrar a música alternativa em paralelo a uma Londres extra-urbana. Os amigos trataram de buscar um lugar que transmitisse a aura rural e despojada como os campos do East End of London, e de criar um line-up arraigado ao estilo de música proposto – essa simples receita deu certo. A verdade é que o festival imprime um ideal escapista hippie não só no seu formato, mas no seu DNA: folders com a palavra ‘Paz’ e a celebração do ‘amor’ são os principais curingas para vender o festival. Resumidamente, é um dia no campo aonde os espectadores vestem (literalmente) a camisa do clima, por isso, é claro que pessoas alternativas e envolvidas com essa aura desfilam looks igualmente boho. A Elle britânica fotografou, e eu roubei na cara dura para o blog. Não é streetstyle, é fieldstyle : menos urbanos e mais hippongo.  




E não é que festival está na moda mesmo? Não seria difícil prever que com a ascensão das tendências da década de 70 e do lifestyle hippie, muitas lojas mergulhariam de cabeça no lendário Woodstock, festival de música da época que celebrou a contracultura em uma fazenda à poucas horas de NY. Qualquer semelhança com os tempos atuais NÃO é mera coincidência! Field Day e Woodstock têm muito em comum, além da fuga dos grandes centros urbanos, a celebração da música que embala o estilo de vida simples e rural.


Não seria difícil prever também que se alguma loja brasileira tivesse que abordar o tema, essa seria a Farm. Como o próprio nome traduz, o clima de fazenda natureba foi o que sempre diferenciou a marca. O lookbook  da Farm poderia ser um real retrato das meninas que marcaram presença no Field Day, ou de um Woodstock moderno. Épocas distintas, lugares diferentes, e ideologias comuns.



E existem marcas por aí que insistem em vender peças de roupa, não lifestyle. Que coisa, hein ?



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Pesquisa de tendências - Japão






Há uns bons anos atrás, os principais bureau de pesquisa de tendências do mundo incluíram os centros urbanos japoneses em seus roteiros de pesquisa, o que renovou o antigo eixo da moda Paris-Milão-Ny. A economia e cultura japonesa se solidificaram e atualmente dominam a era global através do forte avanço tecnológico e industrial, o que resultou em uma sociedade de consumo massivo e vidrado em novidades. Como centro fervente de descobertas e crescimento, não seria surpresa que milhões de referências estéticas inovadoras surgissem de lá, e esse caldeirão cultural - resultado do mix de referências da própria cultura tradicional hipônica com os insights da América e Europa - fez com que a nova geração japonesa descobrisse um mundo cheio de possibilidades. A verdade é que mesmo com um forte apelo consumista, a moda exerce um papel muito mais extenso/importante para esse povo, acostumado à rigidez e disciplina pouco liberal característica do Japão. O papel social da moda é curinga no dia-a-dia dos jovens japoneses, que a encaram, acima de tudo, como ferramenta de comunicação e expressão tão reprimida séculos atrás.  O Japão é o país da inovação, e fatalmente esse vanguardismo se refletiu na sociedade. Não seria diferente com a moda, não é mesmo?
A partir do momento em que Tóquio e outras capitais japonesas se tornaram referência de moda, milhões de site de streetstyle entraram em cena para abastecer aqueles que não têm o privilégio de visitar a cidade e assistir aos desfiles do cotidiano ao ar livre. Mas é claro que a percepção de quem está lá é bem mais apurada e sensível do que a nossa, que acompanhamos essa evolução via internet. Bom, eu AINDA não tive a oportunidade, mas através do Cristian Faxola,  web designer do caCOOL que visitou o país a trabalho, poderemos dividir algumas fotos inspiracionais da capital. Porém, como bom primeiro mundo que se preze, fotografar vitrines e lojas é um pouco complicado por lá, por isso, também separei algumas fotos de streetstyle do www.tokyofashion.com, site que serve constantemente de pesquisas minhas.

Existem várias referências atuais nesse look, como o floral, o mix de estampas e o shape lady like. É bem verdade que as japonesas não dosam as tendências, o que muitas vezes podem refletir looks caricatos mas muito interessantes.

A dupla de amigas bem mais reais, mergulharam na década de 70 para isnpirar a produção : saia longa, bata e túnicas, bolsa de palha e couro caramelo. Rústico e atual.

O look vanguardista pontua o shape oversize, colorido e com peças ícone como a jardinheira e a camisaria. P.s: esse é só o primeiro cabelo colorido dos muitos que já vi. Será que pega ?

A combinação de cor sensação da temporada : vermelho + preto. O sapato de salto com meia de renda e os mega fones coloridos brincam com o vintage e moderno.

Mais um look típico e repleto de tendências de verão : pois, comprimento no joelho, mix de estampas e tamanco.

Produção romântico-retrô : cardigã navy, acessórios em soft color blocking e meia calça e pois. P.s : unamimidade dos cabelos com franjas, TODAS as meninas usam.


Gostaram ? É a partir dessas simples análises que muitas tendência já dissolvidas por lá chegam até nós. Vivam os cool hunters e o Japão, que nos permite viajar (para bem longe) com intensas e divertidas abordagens !

Beijos Carol Gama.