domingo, 24 de julho de 2011

R.I.P, Amy !



Vamos deixar que os jornais especulem sobre a causa da morte e o vício doentio de Amy Winehouse, porque como grande admiradora da sua música (não da pessoa!), esse lado obscuro e feio que de alguma maneira se tornou inseparável da cantora, ficará sempre em segundo plano para mim. Fico mais feliz em falar da sua boa contribuição ao cenário musical e artístico, e da estética nada convencional que ela somou ao mundo fashion. Aqui o espaço é meu, e o caCOOL vai celebrá-la!  E como moda e música sempre andaram lado a lado (lembrem-se: moda é comportamento), não me surpreende que a cantora londrina tenha influenciado, e MUITO, nossa maneira de vestir nos últimos anos, mesmo que imperceptivelmente. Se o som de Amy estava em voga, indiscutivelmente, o seu estilo também.


Apesar de um visual incomum e atual, Amy sempre resgatou referências vintage no seu look (assim como na sua música). O estilo lady like típico dos anos 50 e das pin-ups eram as inspirações preferidas da cantora, que ainda sim, não deixava sua pegada ‘punk london’ de lado, vista nas tatoos excêntricas e no make carregado. O resultado dessa brincadeira era nada mais nada menos que pura cultura pop, incrementada em estampas clássicas como pois e xadrez vicky, florais multicoloridos e em todos os tons vivos que faziam parte do seu guarda roupa.A verdade é que os míni vestidos (o novo cocktail dress para as fashionistas) e os mega cintos utilizados para marcar a cintura foram popularizados pela própria, e viraram uniforme entre as teenages mundo a fora - aqui no Brasil nem se fala!


Fora tapete vermelho, Amy era isso aí: menos mulherão e super despojada. Ela desfilava sua magreza especialmente em looks muito básicos, como o bom jeans skinny surrado e a t-shirt branca. Sem falar em seu par de sapatilhas de balé preferido, o que inusitadamente garantia um ar romântico aquela que se denominavam como ‘porra louca’.


A verdade é que mesmo despretensiosamente, Amy alcançou o status de ícone fashion. E na maioria das vezes, é exatamente assim que eles surgem (exceto Lady Gaga). Aposto que Amy colocava a primeira calça velha para comprar pão, e o cabelo ‘ninho de passarinho’ era conseqüência da sua não vaidade. Ela era real, não era montada.


E o melhor dessa tão trágica história, é que os mesmos que jogam tomate e adoram criticá-la pelo seu vício, são os mesmos que sobem em peep-toes altérrimos, esfumaçam o olho de preto para sair à noite, pintam a boca de vermelho e usam saia de cintura alta com cinto. Santa inocência!


Ah! Sem falar naquelas que usam Chanel e acham o estilo ‘Amy de ser’ sujo demais. Sir Lagerfeld a usou como inspiração em seu desfile pré fall em 2007, e provavelmente o que elas veneram nas vitrines de Paris, nasceu em um buraco sujo de Camden Town em Londres. É o ciclo da vida, ciclo da moda.


R.I.P, diva. Da música e da moda.

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