Bianca Marques : uma bailarina com certeza sabe falar do seu
universo, e foi por isso que a ex-bailarina Bianca Marques acertou a mão ao
retratar o universo do ballet clássico no seu inverno 2012. Nada caricato e com
uma pitadas ora vintage, ora contemporânea, o tema – que tinha tudo para
mergulhar no romantismo – foi além: retratou as peças sportswear em tecidos
delicados e uma atitude power fetichista feminina. O mix de referências retrôs (como as
anquinhas e as camisolas esvoaçantes) e atuais (como as roupas esportivas)
resultou em uma estética pesada e fresh, simultaneamente. Além disso, nada doce
e mais para cisnei negro, ela apostou em rendas negras, veludo e peças
arrebatadoras. Bela estréia!
Maria Bonita Extra : fofura é mesmo a linguagem da Maria
Bonita Extra, e ainda que sob nova direção, a identidade romântica da marca
permaneceu. Ou melhor, se acentuou! Diferente da fluidez do ultimo verão, para
o inverno 2012 a palavra foi volume e armação. Shortinhos bufão, mini saias
armadas e babados volumosos brincaram o tempo todo com o shape estruturado e
desestruturado. Quando a saia é firme, a camisaria é fluida e transparente,
quando a jaqueta é sequinha os babados aparecem na barra das saias, e por aí
foi. Gelo, verde-lavanda, uva, laranja, bordot e marinho, coloriram as
estampas-ícones da marca desenvolvidos principalmente em tecidos finos, nobres
e acetinados. Além desses, tricôzinho e texturas femininas mil!
New Order : a marca de acessórios edita, não reedita. Os
ícones das suas coleções são sempre trabalhados originalmente na sua essência:
se é sobre futebol, que venham as bolas, se é sobre aviação, que venham
capacetes, roupas-astronautas, saquinhos de vômito e até travesseiros.
Divertido, cool e autêntico! Inspirada nas aeromoças Sixties, a coleção de
inverno surpreendeu pelos materiais tecnológicos, brilhosos e textutizados. O
efeito emborrachado e envernizado cobriu as modelos-aerodinâmicas da cabeça aos
pés, literalmente. Os tênis plataformas de solados pesados equilibraram os
looks compostos por micro vestidos, que apesar de reto ao corpo, revelaram
feminilidade.
Espaço Fashion : a Espaço vem tentando amadurecer e se
modernizar, mas não vejo a cliente da marca em looks tão sérios como os da
passarela – a não ser pelos micros comprimentos. As estampas eram da Cidade
Maravilhosa, mas mostravam apenas a vertente urbana da capital: cinza, preto e
branco, alguns terrosos e alaranjados. Grafismo e desestrutura andaram juntos,
já que as estampas geométricas foram adaptadas a modelos basicamente soltos ao
corpo e molenguinhos. Por outro lado, as calças, maxi coachs e alguns vestidos,
eram sequinhos e em linha A. Certo brilho metalizado em cinza e dourado - como
de concreto e terra - e muitos tecidos nobres: sedas esvoaçantes e afins. Desfile
contemporâneo e atemporal, ao contrário do que muitos poderiam esperar.
Coca-Cola Clothing – inspirada nos astronautas, a Coca-Cola
se banhou de referências futuristas, urbanas e de streetwear. Agasalhos em
tecidos hith-tech para eles e borrachas cintilantes em shapes geométricos para
elas. Tons fluo e tranqüilos caminharam lado a lado, um equilibrando ao outros
: nude e laranja, gelo e cereja. Zípers, recortes e mistura de cores e tecidos
em um só look, representaram a juventude conectada e eletrizante da marca.
Estampas do espaço cideral coloriam os bermudões, conjuntos de jogging e
moletons. Para quebrar a veia esportiva, nuances de alfaiataria. Materiais
diferenciados em looks do futuro, esse é o inverno da Coca-Cola Cloting.
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