Walter
Rodrigues : looks comportados e que escondiam o corpo dos pés a cabeça foram a
principal aposta do estilista. Alfaiataria bem contruída, camisas abotoadas,
calças pantalonas curtas e muita sobreposição foram desfiladas nos clássicos
tons de preto e branco – referência ao livro de fotografias People of the 20th Century. Depois da
sobriedade, muito mix de estampas, principalmente nas cores arrematadoras de
vermelho e violeta. A vibração da dupla de cores, ainda que mais alegre,
continuou a pontuar produções rigorosamente contidas quando à silhueta. O jogo
de peças sobrepostas e de diferentes comprimentos garantiram contemporaneidade a
coleção, que contou com cintos fininhos nos acessório para colocar as cinturas no seu devido lugar.
R.Groove : minimalismo e sobriedade também foi a aposta da
marca masculina, a não ser pelos respingos de cores vibrantes como o azul
turquesa e o laranja. Em sua maioria, looks bicolores em tons terrosos e
variantes de preto, branco e mescla na passarela de inverno da R.Groove. A estamparia
floral, assim como esse discreto colorido, divertiu peças que mixaram,
essencialmente, a alfaiataria e o sporswear. Clássico e contemporâneo, e ainda
assim, tudo mega urbano. Casacos esportivos, com shape aprimorado, e peças de
alfaiataria com proporções inovadoras foram algumas das marcantes peças do
desfile. Clean e descomplicado, esse é o homem da R.Groove !
Ágatha : a Ágatha deu uma boa aula de informação de moda
para o seu público jovem! Super sofisticada e reluzente devido aos tecidos brilhosos,
texturizados e iluminadores, a coleção soube equilibrar sensualidade,
referências urbanas e é claro, tendências. Aliás, o brilho é a não nova, porém
febre da garotada internacional. Por isso, a escolha dessa vertente foi mais
que acertada para o inverno da marca. Lurex, couro brilhoso, glitter,
acetinados, veludo molhado e até as peles tinham efeito refletor. Cartela negra, mescla, terrosa e com nuances
de gelo total (também forte tendência!) brincaram em peças aconchegantes como
os tricôs casulos, sedutoras com a mini saia de pelos e esportivas como os
casaquinhos de bolso e capuz. Equilíbrio inteligente e cool arrematado por bons
beneficiamentos, como os zípers aparentes.
Filhas de Gaia : na mesma vertente do último verão, a
referência 70´s predominou mais uma vez na coleção das meninas. As saias longas
com maxi fendas ainda são aposta, e o que somou mesmo para o inverno foram as
transparências e os looks pontuados por leveza e rigidez. Essa última, com
certeza resultado da inspiração África e Japão, simultaneamente. Aliás, a
estamparia também estava nesse mix: flores japonesas, etnia selvagem africana e
o clássico poá. Em sua maioria P&B, a coleção teve bonitas nuances de
turquesa, azul violeta, amarelo e laranja. Silhueta extra justa por malharia, costelinha
de fora e caudas também reapareceram. Insistência que as clientes, com certeza,
vão adorar!
Printing : assim como o seu nome, estampado é o inverno da marca.
E que estampas! Motivos geométricos, decorativos e misturados entre si coloriram
a coleção desenhada basicamente em linhas limpas, comprimento micro e cartela
quente. A já conhecida cartela da estação - azul Klein, vinho telha, mostarda,
laranja, verde musgo e tons terrosos – foi adaptada a uma silhueta clean. Para equilibrar
o minimalismo – ainda que sobreposto – estampas tentadoras e super revigoradas
com detalhes e beneficiamentos riquíssimos. Os bordados, o couro e todas as
texturas derivadas de tecidos imponentes formataram uma coleção muito bem
elaborada, pesquisada e, com certeza, desejo! Peças clássicas com toque de
modernidade: alfaiataria vivaz, shape reto feminino, conjuntinhos
contemporâneos e mais. Curti!
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