Cavalera: cool e mais urbana
impossível (já que o tema da coleção era o ar metropolitano dos centros das cidades), foi nesse clima que
a Cavalera desfilou o seu inverno 2012. A atitude, ora romântica (repare na
linda aplicação de tule e renda em alguns looks menina-fatal), ora dark
(preto,jeans escuro e couro fetiche), ora boho (os acessórios e estampas com ‘que’ de
folclore), era sempre permeada por uma e principal vertente da marca: a jovialidade
street. A sofisticação dos bordados e rendados foi quebrada, exatamente, pelo
uso das malhas e das jaquetas utilitárias, por exemplo. Esse equilíbrio também
aconteceu no shape: enquanto propostas mais ousadas, de modelagens inteligentes
e feminilidade glamorosa desfilavam, outras cleans (a calça skinny sobrevive!),
de tênis no pé, e usáveis no dia-a-dia da cidade formatavam o styling. A verdade é que a
Cavalera e, principalmente, o jovem, quer usar, mistura e ousar com tudo o que
a moda lhe oferece. Sobreposição típica e nova mistura de tecidos refinados, matérias-primas
tecno/elaboradas e outras clássicas/básicas, silhueta sensual produzida e descompromissada, simultaneamente. A beleza à la Amy já me conquistou.Tudo isso faz parte do universo street, ou seja, Cavalera!
Jerfferson Kulig: o inverno
do estilista é versátil: toque esportivo, romântico, clássico e até inovador.
Essa mistura de tudo um pouquinho deu-se muito por causa da escolha do tema - o
campo e o meio urbano - que são, de fato, meios contratantes. Duas vertentes de
cartela, uma candy e outra bem concreta, literalmente, foram exploradas em shapes
minimalistas e com muita mistura de tecidos. Transparência, texturas diferenciadas,
aplicações de flores e boas formas geométricas foram desenhadas por recortes de
tecidos e beneficiamentos - uma brincadeira de construção que funcionou! Saias
estruturadas, vestidos retos e destaque nas mangas (compridas, 3\4,
arredondadas e com trabalhos de mostra e esconde).
FH por Fause Haten : mesmo
que com um tema já super explorado, o inverno de Fause não se deixa enganar: o
tropicalismo na visão dele é elegante, sofisticado e com nenhum aspecto de
natureza – a não ser pela linda estamparia de folhagens. Os bordados
impactantes, assim como os tecidos acetinados, garantiram nobreza a esse tema
natural. Além disso, shape super feminino, lânguido e de cintura bem marcada para
retratar essa deusa da mata. Decotes generosos, transparência sensual, beneficiamentos
riquíssimos, transpasses e estolas de pele negra agregaram ainda mais poder a
essa mulher. Meio vintage e até áureo, os vestidos de festa surpreenderam pela elegância
e nobreza dos detalhes. O pescoço, colo e ombros foram, sem dúvida, muito
explorados e destacados pelo estilista, que propôs boas proporções, assimetrias
e elementos expressivos na área, como as próprias estolas. Negro, variações de verde,
branco névoa, violeta, dourado... Naturalmente chique!
Juliana Jabour: repleto de
peças-desejos e produções tentadoras, o inverno 2012 da estilista de público
teen trabalhou duas propostas centrais: anos 20 e 60. Por um lado, cinturas
rebaixadas e vestidos molengos, por outro, linhas firmes e cores vibrantes. Com
pitadas indianas devido ao filme Viagem a Darjeeling, a cartela rica e com estampas
étnicas pontuou a linda coleção, que por sinal, é bem comercial. Golas fofas,
conjuntinhos college, tricôs confortáveis, transparência, plissados, camisaria
e metalizados, são apenas algumas das tendências hit da estação que aparecem no
inverno de Juliana. Amarelo mostarda, azul celeste,vermelho, preto e terrosos
pintaram os tecidos, alguns contaram com o efeito metal, brilhoso e texturas
cool, como o jacquard. Outro ponto a favor foi a boa aposta em peças com clima
sportswear chique: agasalhos e zípers compuseram
bem os looks romântiquinhos. Hi-lo, perfume vintage e eu, obviamente, quero já!
Colcci: visivelmente mais
madura, a Colcci embarcou numa onda mais clássica e menos teen nesse inverno.
Peças de alfaiataria e com toque vintage predominaram na coleção, assim como a
cartela camelo, o que revelou uma gama de peças atemporais, ainda que repleta
de tendências. Sensualidade e pele a mostra, apenas no hot pant e na composição
de sais godês com costelinha de fora. Além dessas peças, a saia-lápis apareceu
em diversas interpretações, a mais fetichista, em couro (muita utilizado), com certeza vai pegar!
Tricôs pesados,coloridos e de pontos largos foram os responsáveis pelo jogo de leveza e proporções,
eles aparecem maxi com calça skinny ou saias ajustadas e nos tops croppeds
utilizados com as saias mídis, principalmente. Equilíbrio a parte, a
irreverência apareceu no mix de estampas xadrez, grunge atual e sofisticado,
nos recortes e texturas alternadas em um só look. Jeans + jeans, shape sessentinha,
boas peças estruturadas em lã, plissado romântico, transparência e muitas
outras opções de tendências. Essas sim, o público Colcci adora, assim como Alessandra Ambrósio e Ashton Kutcher na passarela!
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