Cavalera :
Se há uma palavra que combina perfeitamente com o desfile da Cavalera, essa palavra é polêmica. Não só pela muralha de profissionais da moda que encerrou o desfile da marca a fim de reivindicar uma atençãozinha de Dilma, mas também pelos diversos contrastes e sensações opostas que a coleção despertou – boas ou ruins. Adorei a locação trash que serviu de passarela para falar sobre uma Bahia deteriorada, aliás, o hilo de materiais, proporções e estampas foi constante nos looks desenvolvidos a partir de muitas sobreposições. Por falar nisso, se a calça sobre saia já foi anunciado como truque de styling lá fora, por aqui, a Cavalera conseguiu refrescar e abrasileirar a proposta. O conceito é bom, mas será que pega?
André Lima :
André Lima até tentou fazer uma coleção mais próxima do
consumidor popular, mas não tem jeito: ele nasceu para brilhar no corpo das
mulheres mais glamourosas do país! Seus vestidos poderosos, esvoaçantes, com
estampas e tecidos especiais são a cara dessa consumidora/fã do trabalho do
estilista. A pegada over, vibrante e com um ‘quê’ étnico da coleção se resumem
nessas duas fotos: o que falar do maxi brinco geométrico e do vestido pavão?
Esse é o André Lima na essência e o que queremos ver no SPFW! Tomara que ele continue deixando as peças comerciais só para a sua parceria com a Riachuelo e que, na passarela, faça o que sabe de melhor: arte.
Têca:
Já estava com saudade de ver as coleções da Têca na
passarela! Do Rio para São Paulo, acho que Helô Rocha acertou ao migrar para a
semana de moda mais importante do nosso país. A Têca merece mais atenção pelo
cuidado, carinho e histórias deliciosas que conta por traz de cada look das
suas coleções. Ainda assim, o DNA da sua menina-mulher, apesar de cosmopolita, é
carioquíssimo – deve ser por isso que me identifico tanto com o mood romântico,
relax e naturalmente chique da marca! Lindos os conjuntinhos e as estampas que,
juntas e misturadas, refletem a jornada da mulher que roda o mundo - para isso,
óbvio, referências de culturas mil!
Fernanda Yamamoto:
Inspirada em um arquiteto e em um artista plástico, a
coleção arquitetônica de Fernanda Yamamoto seguiu por essa onda experimental - tão
essencial durante um processo criativo. E teve experimentação de ponta a ponta:
formas inusitadas, dobraduras, materiais incomuns, jogo de cores e estamparia...
E apesar da Fernanda sempre criar roupas-design, bons looks comerciais cruzaram
as passarelas. Achou irreal? A consumidora da marca é vanguardista e vai adorar
essa nova forma de fazer roupa!
Amapô:
Quando já pensamos ver tudo nos
looks chamativos da Amapô, a ferramenta ‘zoom’ faz com que a gente desvende
ainda outras mil coisas por traz da atitude over, divertida e cheia de informação
característica da marca. Olha que incrível o franjado de canutilho do primeiro
look! E a estamparia dos outros dois? O tecido floral de babados com fios
metalizados e o colorido psicodélico neon não podem passar despercebidos entre
tantos bons (e energizantes) momentos do verão da marca! Muitos bons drink para
comemorar, então!
Samuel Cirnansck:
O preciosismo artesanal que Samuel
imprime em suas peças é de tirar o fôlego! Cada rico bordado, volumosa camada e
transparência delicada faz com que o estilista se enquadre na categoria de
estilista-artesão. E mesmo que não exista ‘alta-costura’ por aqui, a
sofisticação, a exclusividade e a qualidade das criações de Samuel fazem com
que ele seja o número um quando o assunto é roupa de festa. Nenhuma atriz faria
feio no tapete vermelho com uma criação do estilista - muito pelo ao contrário!
Aposto que vai ter muita gringa querendo ser ninfa nos bailes de gala pelo
mundo!
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