quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Overdose de Nick Minaj e M.IA !





Música e moda cantam e vestem comportamento – não necessariamente nessa ordem. As duas artes se influenciam desde sempre, por isso, é comum nos chocarmos na história com estrelas da música que, além desta, reluzam também o seu vestuário. Tanto que esses tais ícones acabam se confundindo, não é mesmo? Muitas vezes, nem nos lembramos se o carinha surgiu da música ou se a moda surgiu dele. O que importa é que a sua mensagem seja a mesma nas duas artes e comunique igual e intensamente nessas duas vertentes de massa - aí não é fake, é essência. Ganhamos nós! Indignação, repressão, sensualidade e, até mesmo, a simples vontade de ‘crescer e aparecer’ são alguns dos causadores de uma roupa assim ou assado. Por esse último fator (e por conta também de uma boa dose de ironia, diga-se de passagem) os estilos extravagantemente estranhos adotados por algumas cantoras atuais tem se disseminado. Ou seja, vale ser fake propositalmente!




Antes se falava de Lady Gaga, agora as bolas da vez são Nick Minaj e M.I.A.  As duas hip hop girls andam conquistando, além dos fãs, diversos veículos de moda  mundo a fora. Nick ganhou diversas capas Vogues de norte a sul, e na última matéria sobre a rapper, que saiu na recém-lançada Vogue britânica de março, ela aparecer à La Avatar sedutora: pele azul, vestido vermelho e cabelo rosa. Color blocking incorporado na pele! No Brasil, a mesma revista dedicou uma super matéria a ela em sua última edição. A capa by Adriana Lima é linda, mas não se deixa enganar pela superfície – o conteúdo do folhetim fashion está ir-re-sis-tí-vel. Já M.I.A,  lá fora é queridinha da QG e outras mais, por aqui, a revista Serafina da Folha de São Paulo dessa semana também ousou citar o seu estilo árabe ousado.



Misturar, gritar e exagerar é o lema no estilo de ambas as moçinhas, que adoram e exploram looks atuais, divertidos e originais nesse mood de overdose. Eles contam com dose extra de praticamente tudo: estampas, cores, brilhos, acessórios e, principalmente, influências. Talvez por suas heranças culturais (Nick nasceu em Trinidad e Tobago e M.I.A tem origem do Sri Lanka ), a verdade é que as duas sabem misturar referências globais como ninguém. A urbanidade está lá, afinal de contas, elas são fruto dessa geração pop de rua, mas além dessa, suas produções contam também com boa dose de tribalismo, orientalismo e barroquismo. Print geométrico vibrante se confunde com grafites, que se mesclam a motivos barrocos e beneficiamentos de diversos lugares do mundo (índia, áfrica...). Desvendar os looks das meninas é tomar uma coça de cultura e brincar de Onde está o Wally?, ou seja, divertido e sábio. Acima de tudo, é kicth e é para aonde os ventos da moda sopram: ao infinito e além! Ser cafona, definitivamente, está na moda. 




segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Tem tendência no Oscar !





Gente, antes tarde do que nunca! O Oscar aconteceu ontem, mas o ritmo de trabalho só me deixou parar para refletir sobre os looks do tapede vermelho agora. As fotos a gente já pôde conferir em mais de mil e um sites internet a fora, mas o que vale pontuar, de fato, são as tendências escolhidas pelas celebridades e como elas foram adaptadas à ilustre ocasião. Será que elas já incorporaram as novas diretrizes da moda anunciadas por aí? Parece que sim!


A mais importante influência da temporada é o comportamento e ornamento over. Lembrem do lema da estação: ‘ser in é ser over’! Então, isso quer dizer que tudo o que está relacionado à riqueza, extravagância e luxo de materiais está mais do que valendo. Brocados, jacquards, bordados luxuosos e outras várias variações de tecidos imponentes e, principalmente, texturizados estavam na passarela em looks como o da Meryl Streep, Jessica Chastain, Mila Jovovich e Octavia Spencer. Essas só para exemplificar, hein! Mas a verdade é a maioria das celebridades apostou nessa vertente atual e tão ideal para uma noite glamorosa como o Oscar. 


Quanto à cartela de cores, mais sobriedade e menos vibração. Esse equilíbrio de ricos beneficiamentos com cores clássicas resultou em look harmônicos. O veludo preto de Jolie e o black&white da Bullock são bons exemplos de como o clássico pode(e deve) ser repaginado. Aliás, o bordado localizado do vestido de Sandra é exatamente a pedida do inverno! A suavidade e delicadeza ficou por conta dos vestidos brancos, off whites e chantillys. A não ser pela escolha hiper contemporânea de Gwyneth Paltrow, quem apostou na cor discreta o incrementou com aqueles ornamentos que já comentamos acima, né Mila, Octavia e Cameron ? 


O bom, sensual e imponente vermelho também apareceu. Tomate, alaranjado ou no poá vintage de Natalie Portman, a cor afirmou que ainda tem vez no closet das atrizes e fôlego para as próximas estações. E que, afinal de contas, combina perfeitamente com o tapete em que elas desfilaram ontem em L.A !

P.s: Repararam nas caldas? Praticamente todas apostaram em vestidos assimétricos na barra, incorporando outra sensação da temporada : o nosso famoso mullet (que abordamos aqui ). Sereias do Oscar 2012 !


Beijos, Carol Gama.





sábado, 25 de fevereiro de 2012

O Oscar e os Anos 20 !





É claro que todo fã de cinema (e arte em geral) se entusiasma com a proximidade do Oscar. Afinal de contas, o prêmio máximo da cinematografia tem o poder de coroar os melhores filmes do ano e de nos deixar ainda mais próximos desse universo mágico. Como boa cinéfila que sou, quando chega essa época do ano acabado fazendo plantão nas salas de cinema a fim de conferir os principais filmes da acirrada disputa (e até os que passam longe!). Entre tantas histórias distintas, épocas distantes e assuntos variados contatos através dessas obras, houve uma conexão irresistível entre três filmes que brigam pelo Oscar 2012 que tocou fundo o meu coração. Dois motivos: por se passarem no lugar e na época que se passam e por falarem de arte. Simples assim! Confesso que meu sonho era ter vivido na década de 20, mais precisamente em Paris (em Montmartre, é claro) e ter participado de toda a efervescência cultural e libertina da época. E foi exatamente esse apelo emocional e estético dos ‘loucos anos’ que fizeram de Meia Noite em Paris e A Invenção de Hugo Cabret (com cenário parisiense) e O Artista (já em Hollywood) os meus filmes do ano! Entre tantas ‘coincidências’, outra importante pontua os três filmes: suas histórias rondam a frustração de artistas em decadência em meio a modernização artística da época. O escritor, o cineasta e o ator, consecutivamente, apesar de propósitos diferentes, lutam para se adequar, superar, inspirar e até serem reconhecidos por sua nova ou velha arte.  Enfim, fica o trailer de cada, o banho de cultura e a típica viagem no tempo que só o cinema é capaz de proporcionar.



E para quem ainda duvida que as artes se inspiram, conversam  e trocam figurinhas, aí vai mais uma dica! A overdose de Anos 20 ultrapassou o cinema e aportou, mais uma vez, na moda. Lembra que falamos sobre a tendência cultural nesse post? Então, aproveite para estudar os figurinos incríveis dos três filmes e para se transportar à caráter e de vez!




A transmissão do Oscar é amanhã na Globo, depois do BBB, com apresentação de Maria Beltrão !
 Não percam !

Beijos, Carol Gama.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Editorial 'Carnavalizando'




Há época melhor para incorporar elementos over, se não, no Carnaval? É kicth, é kicth, é kicth, é kicth, é kicth. É hora, é hora, é hora, é hora, é hora. Isso aí foliã fashion, essa é ‘a’ hora de você roubar tudo o que existe de mais extravagante no seu closet e, simplesmente, se fantasiar. Para cair na folia decorada à altura e colocar o bloco na rua, vale de um tudo: brilho com textura, bordados luxuosos, plumas e megabijoux. O medo de ser cafona fica em casa, e o que vai para avenida é o nada simples jeito de ser um lindo carro alegórico ambulante. ‘Ser in é ser over’. Seja exageradamente feliz, mesmo que para isso, você precise brilhar ofuscada por purpurinas e paetês!





Equipe :


Direção de Arte e Styling : Carol Gama
Fotos : Cecília Alfaya 
Modelo : Elizabeth Tavares
Beauty : Maria Clara Azevedo
Assistente de Produção : Maria Terra


Marcar interessadas em ceder roupas para futuros editoriais, favor entrar em contato pelo e-mail contato@cacool.com.br.














quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Lookbook Zara | Spring Summer 2012/12



Não há a menor dúvida: os lookbooks da Zara são parada obrigatória na agenda de pesquisa de tendências de todos os fashionista conectados, de equipes de estilo até meros consumidores. A verdade é que todos querem saber (alguns, infelizmente, copiar) o que a marca de fast fashion espanhola - e uma das principais do mercado - anda aprontando para as próximas estações. Recebi ontem o newsletter da Zara com as novas fotos da coleção de primavera verão 2012/2013, ou seja, o nosso próximo! Ainda que com temas salpicados em uma mesma campanha, a grande vantagem das produções propostas no lookbook da Zara é quanto à objetividade. Esqueça os editoriais conceituais e refletores, aqui o papo é reto e certeiro, já que os produtos são expostos de maneira clean e simplificada. Por isso, para não restar dúvidas, vamos explorá-lo!


A cartela candy explorada pela Louis Vuitton, Mulberry e Prada (aqui no caCOOL) apareceram em looks com arzinho vintage mas em shapes descomplicados. A atitude kicth não conversou com essa cartela doce, como na maioria das marcas e editoriais internacionais. De over mesmo, só as estampas barrocas inspiradas nas icônicas criações da Versace. Aquele lenço super colorido que foi parar na passarela da Dolce & Gabbana veio direto para a vida real (aqui também, hein). Além desse print, os florais desse mesmo desfile também apareceram em conjuntinhos comportados (lembra que falamos dele aqui?). Ainda sobre estampas e looks que conversam entre si, é claro que a festa do pijama da Stella McCartney deu o ar da graça. Nessa vibe despojada, referências do sportswear que pontuamos nesse post. Último - porém não menos importante -, franjas e mais franjas em looks com mood 20´s (a matéria de ontem já anunciava). 


Gostaram? A Zara adianta, mas o caCOOL também. Aperta a tecla e confirma! 





terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Alerta Cultural | Anos 20




Alerta cultural, galera! A Semana de Arte Moderna está completando 90 anos essa semana, como vocês já devem ter lido por aí. Ela aconteceu, mais precisamente, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922 em São Paulo, e tinha um importante (e fundamental) objetivo: reivindicar, estimular e modernizar a arte brasileira da época. Experimentações criativas e expressões artísticas nunca vistas antes foram expostas na ocasião em forma de música, poesia, literatura, pintura e escultura. Encontrar uma identidade brasileira em meio a tantas referências européias, além de romper com o passado, era, sem dúvida, o principal desafio dos modernistas por aqui. Discussão ainda cabível na nossa sociedade de consumo, não é mesmo? Quando, depois de 90 anos, muitos brasileiros ainda insistem em exaltar o que vem de fora e desprezar o que se é criado no nosso chão - principalmente na moda! Mas a maré está mudando, vide também a efervescência artístico-cultural no Rio, por exemplo. A verdade é que há tempos não se viam tantas importantes exposições em cartaz na nossa cidade, e vem mais uma por aí! Nessa data especial, nada melhor do que celebrar os 90 anos da Semana de 22, com a exposição Tarsila do Amaral percurso afetivo, mostra individual com obras da pintora que ficará em cartaz até dia 29 de abril do CCBB. Tarsila, umas das ‘cabeças’ da Semana de Arte Moderna e, conseqüentemente, da arte brasileira, a impulsionou e difundiu junto ao Grupo dos Cinco (confraria que reunia os amigos e artistas Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia). Uau! É imperdível e para ficar alerta mesmo. Então, anotem na agenda!


Por falar dessas rupturas com o passado, da modernização artística e de toda essa nova estética por trás do estopim do movimento, não poderia deixar de citar o quanto essa inovação revolucionária afetou a moda. Se você ainda duvidava que moda é comportamento, aí vai mais uma comprovação! Chanel, formas simplificadas e geométricas, decorativismo, cintura rebaixada, cabelos curtos e tantas outras icônicas referências (hoje atuais, mas na época, transgressoras para a mulher) são conseqüência dessa mistura de movimentos e estilos do início do século XX. Fonte inesgotável de inspiração, depois de idas e vindas, os loucos Anos 20 invadiram mais uma vez a moda contemporânea. A Gucci, principal percursora dessa estética com o seu desfile spring summer 2012, ecoou uma nova maneira de interpretar os anos 20, ainda mais moderna. Meio tribalista e hiper ornamentada, essa é cara da referência para as próximas estações. No Brasil, a Animale a retratou no SPFW, e no NY Fashion Week de inverno, que está acontecendo essa semana, Betsey Johnson e BCBG Max Azria confirmaram a  permanência da tendência até o próximo inverno (ou seja, daqui há duas estações brasileiras). Além dessas sofisticadas e artesanais, há também versões mais fresh para o verão: tecidos fluidos, cores alegres e e beneficiamentos menos decorativos, são alguns dos caminhos para se sentir livre, fresca no calor e atualíssima.




A melhor saída para mergulhar de vez nessa bola de neve moderna e começar, desde já, a incorporar essas referências nos seus looks de inverno e do próximo verão, é conferir a exposição de Tarsila de Amaral e contemplar os desfiles internacionais e editoriais que gritam as tendências futuras. Arte e moda de mãos dadas mais uma vez e contanto, em sintonia, a mesmo história. Por falar nisso, a Vogue Brasil desse mês já entrou na dança, ou melhor, no Charleston: confia o vídeo do editorial Era do Jazz que saiu na edição de fevereiro da revista.






CCBB/RJ - Rua Primeiro de Março, 66/2º andar - Centro
de 14 de fevereiro a 29 de abril
De terça à domingo, das 9h as 21h
Entrada franca





segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Oriente-se !





 O orientalismo não é apenas tendência de moda, apesar de muitos só fazerem essa associação. Aliás, há uma boa e única explicação para ele ter se tornado alvo preferido dos grandes estilistas há razoáveis temporadas: o oriente é tendência de mercado no mundo inteiro. Com a segunda maior economia do mundo, a China, por exemplo, é a principal culpada desse boom asiático na moda (e da moda na Ásia). Pesquisas afirmam que as principais marcas de luxo, como Luis Vuitton e Hermés, têm lucros expressivamente maiores nas vendas por lá. Só pudera, já que os chineses contam com uma humilde população de 189 bilionários!


E até que demorou, não acham? Carros, eletrônicos e vários outros produtos desenvolvidos do outro lado do mundo, já tinham dominado o nosso mundo há tempos. Agora, o caminho é inverso, já que os produtos associados à cultura ocidental são os preferidos por lá. A moda, como sempre, só acompanha o navegar do barco, ou melhor, da economia. O resumo dessa obra é uma troca mútua entre moda e oriente. Eles nos inspiram de cá, nós vendemos a rodo por e para lá. Vamos combinar que, depois de anos de repressão cultural, a mulherada de olho puxado quer mais é soltar a franga e consumir MESMO. 


Mais fácil ainda gostar desse produto se você enxerga a sua cultura nele, né Marc Jacobs? Não só ele para a Louis Vuitton, mas também Gucci e vários outros olharam para o oriente a fim de se inspirar nessa cultura instigante, rica e milenar. Não é curioso? Uma cultura tão tradicional e antiga só experimentar o gosto da liberdade de consumo agora?  Enfim, o resultado dessa inspiração você já conhece e viu bastante nos desfiles nacionais de inverno 2012, como no Alexandre Herchcovitch, André Lima, Neon e Patachou. Decorativismo, kimonos, obis, cores e bordados ricos e florais delicados são algumas das raízes orientais que representam bem a ‘adaptação’ fashionista. Mas de nada importa essa bonita interpretação se ela não vem de dentro, da raiz. O orientalismo dos europeus e americanos é caricato, superficial, nada além das aparências óbvias. 

Bom, eis que bate a nossa porta um chinês radicado no Canadá, aos 10 anos de idade, chamado Jason Wu. O novo queridinho da moda desafia a todos ao retratar essa semana em NYC, em seu desfile de inverno 2012/13, a china que ninguém foi capaz de desvendar. Decorativismo? Só na parte em que ele retrata a dinastia Qing, a última China imperial. De resto, o país como ele é (ou era): muitas referências militares e poderosas para traduzir a China comunista. Mais feminina e glamorosa, a outra parte da coleção remetia aos anos 30 do filme Shanghai Express. País das dualidades socioeconômicas, Jason Wu soube traduzir com elegância do que a real China de trata: avanço versus tradição e riqueza seletiva. Tudo isso sem drama, da maneira como a moda deve ser feita: celebrando. Aliás, a moda deveria ser sempre assim, feita por quem tem propriedade e sabe fazê-la! 



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Lançamento Daslu | inverno 2012




Nesse post, mais cliques do que rolou ontem no lançamento da coleção da Daslu. Além do desfile (clique aqui para conferir as fotos exclusivas do desfile!), a loja também sugeriu ótimas apostas para a próxima estação e contou com a presença de muitos fashionistas. Inspirem-se!









Fotos : Carol Gama



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Desfile Daslu | Inverno 2012




A Daslu carioca organizou hoje um super evento na sua recém-inaugurada loja, no shopping Fashion Mall, para apresentar a sua coleção de inverno 2012. A ocasião, recheada de atrações gostosas, contou com um desfile para as suas clientes junto ao coquetel de lançamento da coleção. A exclusividade e a sofisticação, tão características da marca paulistana, se traduzem além dos preços altos e produtos selecionados. É esse tipo de ação requintada que conquista e faz o cliente se sentir ainda mais especial, além de ser a cara da Daslu. Era exatamente o que as meninas AAA do Rio queriam! Até mesmo a nossa cidade, que sempre andou de mãos dadas com a descontração e espontaneidade, está afim e disposta a mergulhar no mercado de luxo. Daslu neles!



O inverno da marca está recheado de tendências-febre da estação e, exatamente por isso, vai atingir o seu público em cheio! A consumidora Daslu, sem dúvidas, é uma mistura boa de fashion victim com pitada vanguardista, ou seja, ela quer sair na frente. As principais apostas da coleção permeiam três universos: orientalismo, glamour vintage e brisa do campo. Para o clima hipônico, muitas estampas florais delicadas, tecidos fluidos e referências dos quimonos e calças pijamas (a interpretação chique do sleepwear é elegante e confortável). Já com arzinho vintage, o glamour chega para dominar as referências famme fatale anos 40: saia lápis, camisaria, estolas, tubinhos turbinados, bordados luxuosos e tecidos metalizados. Na onda campestre, os tons terrosos permeiam tecidos como o chamois, a estamparia étnica, os coletes de peles e o couro franjado. Lembrem-se: o desfile apenas reflete uma peneira de conceitos, por isso, muitas detalhes dos temas que abordei acima não apareçam na passarela, mas, fatalmente, estão traduzidos nas peças nas araras. Apesar de inspirações múltiplas, um ponto importante e incomum na coleção da Daslu é a riqueza de matérias primas. Tecidos nobres, acabamentos personalizados, estampas sofisticadas e exclusivas e beneficiamentos agregadores, são, dentre outras, um plus importante quando se trata de uma grife do seu porte. Os tricôs metalizados, os ricos tweeds, as sedas e organzas vaporosas, o couro recortado e os acessórios, são alguns bons exemplos dessa riqueza de detalhes sempre tão evidentes. Confira as fotos do desfile, e não percam, logo mais, cliques de quem circulou pelo evento !




















 fotos : Carol Gama